Silas pede que a CBF olhe mais para os bons jogadores dos times considerados menores

Com a goleada por 3 a 0 sobre o Flamengo, o Avaí começou a semana no G-4 da Copa Libertadores, muito distante da tão temida zona de rebaixamento. Apesar de manter o discurso humilde de lutar contra a degola, o técnico Silas começa a se animar e até pediu para Dunga voltar um pouco de sua atenção para Santa Catarina.

Após Parreira garantir que Marquinhos era o melhor meia-esquerda para a Seleção, foi a vez do comandante avaiano indicar jogadores para vestirem a camisa brasileira.

“O Parreira falando, não precisa mais ninguém falar. Existem outros jogadores, além do Marquinhos, que daqui a pouco vão ser olhados de forma diferente. Então, quem sabe, a gente não tem aí no ano que vem um jogador do Avaí convocado para a Seleção Brasileira. Seria legal”, disse Silas.

Mesmo sabendo da dificuldade de se entrar para o grupo da Seleção vestindo a camisa de um clube sem tanta tradição, Silas acredita que as coisas mudaram.

“Antigamente você precisava ir jogar no São Paulo, Flamengo, Palmeiras, Corinthians, Grêmio, Inter, ou fora do Brasil para ser visto pelo treinador da Seleção Brasileira. Hoje já não é mais assim. Os observadores da Seleção acompanham tudo”, analisou o técnico.

Seguindo no clima de Seleção, o Avaí anunciou que fará um amistoso contra o selecionado sub-20 do Uruguai. O jogo ocorrerá amanhã, às 19h30 (de Brasília), no Estádio da Ressacada.

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Silas faz sucesso no Brasileirão da Série A

Cilinho, Pepe, Ênio Andrade…as referências de Silas são fabulosas. Além disso, o treinador do Avaí também tem resultados a mostrar. Responsável por levar o clube catarinense para a primeira divisão depois de 20 anos, ele é o atual dono da maior invencibilidade no Campeonato Brasileiro: são 10 jogos sem derrota da equipe que terminou o primeiro turno em sexto lugar.

Silas, que completa 44 anos na próxima sexta-feira, deixou a vitoriosa carreira de jogador sem querer virar técnico, ainda que todos lhe falassem que ele seria um deles. Em 2007, chegou com Zetti para trabalhar como auxiliar técnico no Paraná Clube, e ambos foram ao Fortaleza. Demitido, o ex-goleiro abriu caminho para que surgisse um novo treinador.

Dirigindo o Avaí desde março de 2008, Silas só perde para Mano Menezes e Adílson Batista em longevidade entre os maiores clubes do Brasil. Além de competência, também se preserva no cargo por acreditar no contrato. Em entrevista ele confirma propostas de cinco clubes da Série A apenas em 2009, entre eles o Flamengo. Sinal que o trabalho já é bem visto.

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Um dos técnicos considerados mais promissores da chamada “nova geração”, Silas Pereira (foto) vem fazendo um bom trabalho à beira do gramado do Avaí. Mas para o próprio treinador, existem alguns problemas que ele ainda precisa lidar para se tornar melhor. Um desses aspectos é justamente o que ocorreu nesta semana, o ato de dispensar jogadores.

“Nunca tive problema como técnico a parte de dentro do campo. Meu problema é quando o jogador tem que ir embora, quando eu tenho que dispensar o atleta”, disse Silas, que teve que se desfazer de Rafael Costa, Thomaz e Michel nesta semana. “Nessas horas, eu tenho que deixar o coração de lado e fazer meu trabalho, mas é uma coisa que me desagrada”.

Além deste fator, outra coisa em que Silas ainda não se acostumou é com as críticas. “Também não estou preparado para certas críticas destrutivas, mas estou aprendendo com o Zunino (presidente do Avaí), que é muito bom nisso”, admitiu o treinador. “Infelizmente, o treinador tem que ser como muro de bronze, venha elogio ou venha crítica e o técnico precisa continuar frio”, completou Silas.

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