A Seleção Brasileira feminina de vôlei não conseguiu o inédito título na Liga das Nações. Na tarde de ontem, a equipe comandada por José Roberto Guimarães fez um jogo duro contra os Estados Unidos, mas acabou derrotada por 3 sets a 1, parciais de 26/28, 25/23, 25/23 e 25/21, em Rimini, na Itália.
As norte-americanas conquistam o tricampeonato na Liga das Nações. Já o Brasil repete a segunda colocação da última edição do torneio antes da pandemia, em 2019.
O torneio foi a grande preparação brasileira para os Jogos Olímpicos de Tóquio. O time campeão olímpico em 2008 e 2012 está no grupo A, junto com Coreia do Sul, Japão, Quênia, República Dominicana e Sérvia.
Na preliminar da decisão, a Turquia conquistou o terceiro lugar na Liga das Nações com a vitória diante do Japão por 3 sets a 0, parciais de 25/19, 25/16 e 25/17.
Concorrendo com a chapa Renova Vôlei, teve como formação Marco Túlio Teixeira (presidente) e Sérgio Dutra dos Santos (vice-presidente). O resultado apontou 151 votos para a chapa Tradição, Ética e Inovação contra 96 para a chapa Renova Vôlei.
Presidente eleito para seu segundo mandato, Toroca disse que o resultado foi democrático e que pretende seguir trabalhando pelo desenvolvimento do esporte no País. “Hoje foi um dia histórico para o voleibol brasileiro e é pelo bem desse esporte que tanto amamos que comemoramos o resultado dessa eleição que contou com votos de todo o país”, destacou.
Toroca, que mora em Maceió, participou da eleição via videoconferência por ter 87 anos e pertencer ao grupo de risco da covid-19. A disputa foi realizada por meio de uma assembleia geral de forma híbrida, com votação presencial em um hotel no Rio de Janeiro, e virtual.
Eleito vice-presidente, Radamés Lattari comemorou a vitória e comentou sobre os objetivos para o mandato. “A CBV foi a primeira confederação a incluir os atletas e os clubes no seu colégio eleitoral. Tudo foi feito de forma transparente e o que aconteceu hoje foi acertado em uma assembleia há um ano”, destacou.
“Estamos felizes com o resultado e a partir de amanhã todos temos que trabalhar juntos pelo voleibol brasileiro. Nenhum esporte é tão vitorioso quanto o nosso. A outra chapa também fez um belo trabalho e, com todas as diferenças, temos que somar pelo nosso esporte”, disse Radamés Lattari.
O Colégio Eleitoral para 2021 foi constituído por 102 integrantes distribuídos da seguinte forma: as 27 federações estaduais; os quatro atletas das Comissões Nacionais (presidente e vice-presidente da comissão de vôlei de quadra e presidente e vice de vôlei de praia); 54 atletas das Comissões Estaduais (dois por unidade federativa, sendo um representando a praia e outro a quadra); os oito medalhistas olímpicos eleitos; e nove clubes.
José Roberto Guimarães está no comando da seleção feminina desde 2003 (Foto: Divulgação/FIVB)
José Roberto Guimarães, treinador da Seleção brasileira feminina de vôlei, confirmou que a sua história na equipe, que já dura mais de 16 anos, está prestes a terminar. O experiente comandante declarou que os Jogos Pan-Americanos de Lima será o seu último Pan, e que este é o seu último ciclo olímpico.
“Com certeza será a minha última Olimpíada. Já estou há 16 anos na Seleção feminina. Acho que é a hora de outro técnico tocar esse trabalho. A gente está investindo bem na nossa base. Nós temos uma geração muito boa para 2024 e 2028. Estou muito confiante e acredito que o trabalho vai seguir muito bem feito. A gente tem muitos bons treinadores”, disse o treinador em entrevista ao SporTV.
Zé Roberto não quis dar pistas sobre quem seria o seu sucessor, mas indicou preferência por Paulo Coco, atual auxiliar da Seleção feminina e treinador do Praia Clube.
“Lógico que eu gostaria que o Paulo Coco, que é meu auxiliar, assumisse porque está comigo há muito tempo e ele sabe muito de voleibol. Mas cabe à Confederação Brasileira de Voleibol determinar quem vai ser o próximo técnico”.
Além de treinador da Seleção feminina, Zé Roberto é o técnico do São Paulo/Barueri. Na coletiva de apresentação da parceria entre os clubes, o comandante já tinha indicado que estaria perto de encerrar a sua passagem pela Seleção.
Bruna Honório, (foto acima/Divulgação), destaque do Minas na atual temporada da Superliga, está fora da seleção feminina de vôlei. De acordo com o site UOL, um tumor no átrio do coração impedirá a jogadora de defender a equipe no último ano antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
A jogadora passou por exames no início desta semana para definir os próximos passos na carreira. Procurada pelo UOL, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) confirmou o corte da atleta e o Minas, clube que ela defende, disse que a oposta vai realizar novos exames na próxima semana.
Nesta temporada, a seleção brasileira possui quatro compromissos: Liga das Nações, Campeonato Sul-Americano, Copa do Mundo e Pré-Olímpico. A saída de Bruna Honório é a oitava do grupo em 2019. Adenízia e Thaísa pediram dispensa. Dani Lins, Camila Brait, Gabi Cândido, Tassia e Drussyla também não vão defender a seleção nesta temporada.
No cenário nacional, é difícil segurar Larissa/Talita. Atual bicampeã do circuito brasileiro de vôlei de praia, a experiente dupla começou com tudo a caminhada rumo ao tri. Após levarem a primeira etapa, em Campo Grande, no mês de setembro, as líderes do ranking repetiram a dose na segunda parada da temporada 2016/17, em Brasília. Na final deste domingo, na arena montada ao lado do estádio Mané Garrincha, as veteranas de 34 anos dominaram a parceria estreante Elize Maia/Rebecca e venceram por 2 a 0: parciais de 21/19 e 21/13. A próxima etapa será disputada em Uberlândia-MG, entre os dias 27 a 30 de outubro.
Larissa e Talita conquistaram o segundo título em duas etapas da temporada do circuito (Foto: Matheus Vidal / CBV)
Na disputa de terceiro lugar no Distrito Federal, Juliana/Taiana derrotaram a nova dupla formada entre Bárbara Seixas e Fernanda Berti por 2 a 1: 21/16, 21/23 e 15/6. Após encerrar a parceria de mais de cinco anos com Ágatha, que rendeu a medalha de prata na Rio 2016, Bárbara fez sua estreia ao lado de Berti, mas acabaram fora do pódio.