Category Archives: Fifa

Invenção contestada: implementação do cartão azul foi suspensa após repercussão negativa, diz jornal
   11 de fevereiro de 2024   │     17:00  │  0

Cartão AzulCartão Azul — (Foto: Reprodução)

Segundo a publicação inglesa Telegraph, a novidade deveria ter sido anunciada na última sexta-feira, mas reação contrária a mudança alterou os planos.

O início dos testes do cartão azul, que de acordo com uma reportagem do Telegraph, começaria durante a Copa da Inglaterra, no meio do ano, foi desmentida pela Fifa em comunicado oficial.

Segundo um nova reportagem do jornal inglês, a decisão de adiar a novidade foi tomada após a repercussão negativa da mudança.

O Telegraph diz que o anúncio seria feito, mas “reações extraordinárias” fizeram com que os bastidores do futebol se movimentassem e se opusessem a mudança. Dentro do futebol inglês não foram poucos os relatos contrários a novidades.

O treinador do Newcastle, Eddie Howe, foi um que se opôs publicamente a implementação do novo cartão:

— Para ser sincero, não sou um grande fã; é para isso que servem os cartões amarelos. O sistema atual funciona bem; só precisa ser aplicado corretamente. Adicionar um cartão azul apenas acrescentaria mais confusão, na minha opinião, por isso sou contra.

A introdução do cartão azul será debatida durante a assembleia do International Football Association Board (Ifab), órgão que determina as regras de arbitragem, no mês que vem. A Fifa também participa.

A Fifa, por sinal, afirmou em sua nota que “quaisquer testes desse tipo, se implementados, devem limitar-se a testes de forma responsável em níveis inferiores”.

Segundo a proposta, o cartão azul será uma punição que deixará jogadores de fora dos campos por dez minutos. A ideia é diminuir a quantidade de faltas táticas e inibir os atletas a fazerem reclamações com os árbitros.

Ainda de acordo com a sugestão, dois cartões azuis resultam em expulsão. O mesmo acontece caso o jogador receba um amarelo e um azul.

Arivaldo Maia com Extra — Rio de Janeiro

Infantino lamenta racismo em jogo do Milan e defende derrota ‘automática’ para time da casa
   23 de janeiro de 2024   │     12:00  │  0

Maignan, goleiro do Milan, saiu de campo depois de ser alvo de gritos racistas de torcedores da Udinese - Foto: Reprodução / @acmilan / Twitter
Maignan, goleiro do Milan, saiu de campo depois de ser alvo de gritos racistas de torcedores da Udinese — (Foto: Reprodução / @acmilan / Twitter)

 

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, lamentou novo episódio de racismo no futebol, no último sábado, e elevou o tom contra a discriminação nos gramados pelo mundo. Poucas horas depois de o goleiro Mike Maignan, do Milan, ser alvo de ofensas por parte de torcedores da Udinese, em jogo do Campeonato Italiano, ele defendeu a derrota “automática” para os times cujas torcidas venham a cometer atos discriminatórios.

“Além do procedimento de três etapas (partida interrompida, partida interrompida mais uma vez e partida abandonada), temos que implementar uma desistência automática para o time cujos torcedores cometeram atos de racismo e causaram o abandono da partida, bem como vetos nos estádios pelo mundo e denúncias de acusações criminais para os racistas”, declarou Infantino, em comunicado.

Ele se referia a dois casos de discriminação ocorridos neste sábado, um deles em Sheffield, na Inglaterra. O que mais chamou a atenção foi o que teve o goleiro do Milan como alvo no estádio Friuli, em Údine, em jogo da 21ª rodada do Italiano. “Eles fizeram sons de macaco e não é a primeira vez que isso acontece comigo”, disse o goleiro francês, de 28 anos.

No primeiro tempo, o Milan vencia a Udinese por 1 a 0 (gol de Loftus-Cheek) e tinha um tiro de meta a seu favor. Antes da cobrança, Maignan sinalizou para os companheiros, caminhou até o árbitro e depois para a linha lateral. Os jogadores do Milan conversaram com Maignan, que tirou as luvas e desceu o túnel para o vestiário. O goleiro também contou ao árbitro sobre torcedores imitando macacos no início da partida, o que gerou um anúncio no estádio pedindo que as ofensas parassem.

“Fiquei chateado por ter que ir para o vestiário daquele jeito, mas tive o apoio de todos. Conversamos e então tomamos a decisão de voltar a campo e dar a resposta apropriada: para vencer este jogo”, disse o goleiro, após a vitória do Milan por 3 a 2. “Eu realmente não queria mais jogar. Mas somos uma família e eu não poderia deixar meus companheiros assim.”

Infantino lamentou o episódio. “Os acontecimentos que ocorreram em Udine e Sheffield no sábado são totalmente abomináveis e completamente inaceitáveis. Não há lugar para racismo ou qualquer forma de discriminação – tanto no futebol como na sociedade. Os jogadores afetados pelos acontecimentos de sábado têm o meu total apoio”, declarou.

“A Fifa e o futebol mostram total solidariedade às vítimas do racismo e de qualquer forma de discriminação. De uma vez por todas: Não ao racismo! Não a qualquer forma de discriminação!”, afirmou.

O presidente da Fifa pediu o maior envolvimento de todas as partes envolvidas no futebol para coibir novos casos de racismo. “Precisamos que TODAS as partes interessadas relevantes tomem medidas, começando pela educação nas escolas, para que as gerações futuras entendam que isso não faz parte do futebol ou da sociedade.”

Arivaldo Maia e Redação do ESTADÃO CONTEÚDO

Brasil tem cinco novos árbitros no quadro da Fifa a partir de 2024
   6 de janeiro de 2024   │     12:00  │  0

 

Raphael Claus vai apitar a partida entre Inglaterra x Irã
Raphael Claus continua no quadro da Fifa – (Foto: Cesar Greco/ Palmeiras)

 

A partir deste ano, o Brasil terá mais cinco árbitros no quadro da Fifa, entre juízes de campo, árbitros assistentes e de vídeo. No total, o “time” brasileiro passará a contar com 60 integrantes, entre árbitros de futebol, futsal e beach soccer.

Os reforços são o pernambucano Rodrigo Pereira e o gaúcho Rafael Klein, como árbitros de campo; a mato-grossense Fernanda Kruger e a gaúcha Maíra Mastella Moreira, como árbitras assistentes; e o baiano Diego Pombo Lopez, como árbitro de vídeo.

A equipe brasileira de arbitragem soma agora 17 árbitros de campo, 19 assistentes, 12 árbitros assistentes de vídeo, oito de futsal e quatro de beach soccer. Os profissionais que passam a contar com o emblema da Fifa em seus uniformes se tornam aptos a atuar em jogos internacionais.

Se uns entram na lista, outros estão de saída. É o caso de Sávio Pereira Sampaio (DF) e Wagner do Nascimento Magalhães (RJ).

Confira abaixo a lista completa:

ÁRBITROS

Anderson Daronco

Bráulio Silva Machado

Bruno Arleu de Araújo

Flavio Rodrigues de Souza

Paulo Cesar Zanovelli da Silva

Rafael Rodrigo Klein

Ramon Abatti Abel

Raphael Claus

Rodrigo José Pereira de Lima

Wilton Pereira Sampaio

Andreza Helena Siqueira

Charly Wendy Straud Deretti

Daiane Caroline Muniz dos Santos

Deborah Cecilia Cruz Correia

Edina Alves Batista

Rejane Caetano da Silva

Thayslane de Melo Costa

ÁRBITROS ASSISTENTES

Alex Ang Ribeiro

Bruno Boschilia

Bruno Raphael Pires

Danilo Ricardo Simon Manis

Fabrício Vilarinho da Silva

Guilherme Dias Camilo

Luanderson Lima dos Santos

Nailton Junior Sousa Oliveira

Rafael da Silva Alves

Rodrigo Figueiredo Henrique Correa

Anne Kesy Gomes de Sá

Barbara Roberta da Costa Loiola

Brígida Cirilo Ferreira

Fabrini Bevilaqua Costa

Fernanda Kruger

Fernanda Nandrea Gomes Antunes

Leila Naiara Moreira da Cruz

Maíra Mastella Moreira

Neuza Inês Back

ÁRBITROS ASSISTENTES DE VÍDEO

Daniel Nobre Bins

Diego Pombo Lopez

Igor Junio Benevenuto de Oliveira

José Cláudio Rocha Filho

Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro

Rodolpho Toski Marques

Rodrigo D’Alonso Ferreira

Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral

Rodrigo Nunes de Sá

Wagner Reway

Charly Wendy Straud Deretti

Daiane Caroline Muniz dos Santos

ÁRBITROS DE FUTSAL

Alfredo Carlos Wagner

Felipe de Fabio Ventura

Guilherme Schwinden Gehrke

Ricardo Amaral Messa

Aline Santos Nascimento

Anelize Meire Schulz

Juliana Caroline Angelo

Paula Kamila Silva Cirilo

ÁRBITROS DE BEACH SOCCER

Lucas Estevão

Luciano Andrade

Mayron Frederico Reis Novais

Paula Madeira Liberato

Arivaldo Maia com Redação do ESTADÃO CONTEÚDO

Fifa define data de visita à CBF, nomeia comitiva e quer reunião com Ednaldo e José Perdiz
   2 de janeiro de 2024   │     12:00  │  0

A Fifa definiu a data de sua visita à sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e avisou que pretende se reunir tanto com o presidente afastado da entidade, Ednaldo Rodrigues, quanto com o interventor apontado pela Justiça brasileira, José Perdiz de Jesus. A Fifa vai desembarcar em solo brasileiro no dia 8 de janeiro numa comitiva composta por três dirigentes, um deles da Conmebol.

A CBF foi informada sobre a visita neste domingo, último dia do ano, em nova carta enviada pela Fifa. Pela programação anunciada pela entidade máxima do futebol mundial, o trio de dirigentes fará seguidas reuniões na sede da CBF entre a tarde do dia 8, uma segunda-feira, e a tarde do dia 10.

A comitiva também pretende entrar em contato com membros do governo federal, que não foram identificados na carta. “A delegação tem a intenção de encontrar, na sede da CBF, entre outras pessoas, o Sr. Ednaldo Rodrigues Gomes, membros relevantes do governo federal, o Sr. José Perdiz de Jesus, a cúpula da gestão da CBF, assim como outras partes relevantes envolvidas no caso em sua passagem pelo Brasil”, anunciou a Fifa.

“Por isso, pedimos gentilmente à CBF se podemos realizar estas reuniões com as pessoas e partes acima mencionadas entre a tarde de 8 de janeiro e a tarde de 10 de janeiro de 2024, e pedimos que nos forneça um cronograma para essas reuniões”, completou a entidade, em carta assinada por Kenny Jean-Marie, chefe do escritório das federações, e por Monserrat Jiménez Granda, vice-secretária-geral da Conmebol.

No mesmo documento, a Fifa informou que a comitiva será composta pelo advogado espanhol Emilio Garcia Silvero, chefe do escritório jurídico e de compliance da Fifa; pelo georgiano Nodar Akhalkatsi, diretor de projetos estratégicos e governança; e pelo advogado Rodrigo Aguirre, especialista em litígio da Conmebol.

Curiosamente, Akhalkatsi também integrou comitiva que protagonizou a intervenção da Fifa na Federação de Futebol da Índia, em 2022. Na ocasião, a entidade suspendeu a federação por ter sofrido “interferência externa”, o que resultou, entre outras consequências, da retirada do Mundial Sub-17 feminino do país – estava marcado para outubro do mesmo ano.

A CBF vive crise institucional e política desde o dia 7 de dezembro, quando o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) destituiu Ednaldo Rodrigues da presidência da confederação. Na mesma decisão, o tribunal nomeou José Perdiz de Jesus como interventor – ele precisou deixar o cargo de presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para assumir a função no comando da CBF.

A movimentação gerou rápida resposta da Fifa, que não reconheceu a decisão judicial que destituiu Ednaldo e ainda ameaçou a CBF de suspensão, o que poderia tirar a seleção brasileira e os clubes nacionais das competições internacionais, como Copa Libertadores, Copa Sul-Americana e Pré-Olímpico. Desde então, Ednaldo já sofreu duas derrotas no âmbito judicial, sem obter recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF).

Nas últimas semanas, a Fifa anunciou que fará uma visita ao Brasil para compreender melhor a situação e avisou que não vai reconhecer nenhuma decisão da entidade até este encontro, agora agendado para o período entre 8 e 10 de janeiro. Pela decisão do TJ-RJ, Perdiz teria 30 dias úteis para organizar novas eleições na CBF. Mas, novamente, a Fifa já se opôs e afirmou que só vai aceitar novo pleito após a visita.

ENTENDA O CASO

O julgamento que acabou tirando Ednaldo do poder do futebol tratou da legalidade de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) em março de 2022. Na época, o TAC permitiu que a Assembleia Geral da entidade elegesse Ednaldo presidente. Mas os desembargadores Gabriel Zéfiro, Mauro Martins e Mafalda Lucchese consideraram inicialmente que o MP não poderia ter ajuizado Ação Civil Pública (ACP) contra as eleições realizadas pela entidade em 2017, quando Rogério Caboclo foi eleito.

A revisão ocorreu a pedido de dois ex-presidentes da CBF, Ricardo Teixeira e Marco Polo del Nero. Assim, o TAC também foi considerado nulo. Outros dirigentes de federações também acionaram a Justiça.

A CBF e o MP-RJ firmaram o TAC porque o órgão da Justiça considerava ilegais as regras que regiam a eleição na confederação, ou seja, a que levou Ednaldo Rodrigues ao cargo de presidente. Isso porque uma mudança no estatuto da entidade, em 2017, estabeleceu pesos diferentes para os votos praticados por federações e clubes – a brecha permitia clubes e federações de votarem em conjunto para eleger o presidente. Foi sob essa regra que Rogério Caboclo elegeu-se presidente da CBF em 2017, indicado pelo então dirigente afastado Marco Polo del Nero. Caboclo foi destituído, em meio a denúncias de assédio.

Ednaldo, então vice-presidente da CBF, assumiu o comando de forma interina após o afastamento de Caboclo. Opositores tentaram barrar a eleição de março de 2022 alegando que o TAC fora assinado por ele, como presidente interino, e serviu para referendar uma eleição que o tornaria presidente de fato.

Arivaldo Maia com Redação da Revista ISTOÉ

FIFA teme nova manipulação de Del Nero na eleição da CBF
   31 de dezembro de 2023   │     15:00  │  0

Edital de convocação da nova eleição deve sair nos próximos dias, confirmando o pleito para janeiro. Nosso futebol nas mãos de seus egoístas cartolas.

FIFA teme nova manipulação de Del Nero na eleição da CBF.
Edital de convocação da nova eleição deve sair nos próximos dias, confirmando o pleito para janeiro. Nosso futebol nas mãos de seus egoístas cartolas.

 

Banido pela Fifa, Marco Polo já colocou na CBF Rogério Caboclo e articulou também Ednaldo Rodrigues. Ele continua mexendo seus pauzinhos?

CBF - Marco Polo

 

Quem comandará a nova eleição é o interventor nomeado a partir do afastamento de Ednaldo Rodrigues. O processo está nas mãos de José Perdiz de Jesus, presidente do STJD – Superior Tribunal de Justiça Desportiva. A ideia era fazer a eleição na segunda semana de janeiro, porém, à pedido da Fifa e Conmebol o pleito pode acontecer na terceira semana, inclusive, com a presença de uma comissão das duas entidades internacionais.

Preocupadas com a briga entre os dirigentes no Brasil, as duas entidades seguem fazendo pressão. Elas enviaram duas cartas à CBF, inclusive, com uma ameaça de punições aos clubes e à seleção brasileira devido as intervenções judiciais ocorridas recentemente.

Estas ‘ameaças veladas’, porém, não tiram o sono dos cartolas, uma vez que qualquer sanção aos clubes teria efeito negativo, com prejuízo, para as próprias entidades. Por exemplo: como seria a Libertadores e a Copa Sul-Americana sem a presença dos clubes brasileiros? Seria um fracasso. O mesmo vale para a ausência da seleção brasileira em eliminatórias ou amistosos ou mesmo fora de uma Copa do Mundo.

VOLTA DE EX-DIRIGENTES
A FIFA estaria atenta nesta eleição à uma possível manipulação do ex-presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que em abril de 2017, acusado por corrupção, foi banido do futebol pelo Comitê de Ética da entidade máxima do futebol mundial. A punição, em princípio, seria vitalícia – para o resto da vida – e excluía o dirigente de qualquer atividade relacionado ao futebol, tanto em termos administrativo, esportivo ou qualquer outro modo. A pena também foi bem clara, estendendo a punição tanto dentro do território brasileiro como em todo o mundo.

Del Nero, ex-presidente da Federação Paulista de Futebol, teria, segundo os órgãos esportivos, violado os artigos 21, de suborno e corrupção, artigo 20, relativo a oferecer ou aceitar presentes ou outros benefícios; artigo 19, que se refere a conflitos de interesses, além do 15, Lealdade, e 13, que se relaciona a regras de conduta.

Em setembro de 2021, Marco Polo teve a pena por corrupção reduzida a 20 anos, em medida tomada pelo Tribunal Arbitral do Esporte, situado em Lausanne, na Suíça. Ele tem, portanto, mais 17 anos de afastamento a cumprir, podendo voltar às atividades somente em 2041, quando vai ter 96 anos.

O dirigente foi eleito presidente da CBF em 2014, quando substituiu José Maria Marin, que depois foi preso por corrupção e cumpriu pena nos Estados Unidos. Del Nero foi alvo do FBI em 2015, por suspeitas de esquemas de corrupção, respondendo por sete crimes, três de fraudes, três de lavagem de dinheiro e uma por integrar uma organização criminosa.

Na época, os promotores norte-americanos acusaram Del Nero de ter recebido US$ 6.5 milhões de dólares (perto de R$ 33 milhões) por subornos para beneficiar contratos de marketing esportivos ligados a competições importantes, como a Copa América, Libertadores e Copa do Brasil.

CBF
Marco Polo e o ‘laranja’ Rogério Caboclo. Foto: Lucas figueiredo – CBF

EDNALDO FAZ ACORDO
Ednaldo Rodrigues, presidente destituído da CBF, sofreu seguidas derrotas na Justiça para tentar retornar ao poder e voltar a sentar na cadeira máxima da entidade nacional. Sob pressão ele se aliou a antigo inimigo político, Gustavo Feijó, presidente da Federação de Alagoas, o mesmo que iniciou o processo para a derrubada de Ednaldo.

Este processo, de 2018, teve a ação mantida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e se referia, ainda, à eleição de Rogério Caboclo, indicado por Marco Polo del Nero, e que também teve vida curta na cadeira poderosa da CBF. Um acordo foi fechado em 2022 entre o Ministério Público e a CBF para apaziguar os ânimos, que resultou na eleição de Ednaldo Rodrigues, então presidente interino, para um mandato até 2026. Dia 7 de dezembro último, porém, uma nova ação de Gustavo Feijó, agora em outra instancia, derrubou Ednaldo do poder, sem retorno.

Os dois – Ednaldo e Feijó – estariam alinhados, agora, à candidatura de Flávio Zveiter, ex-presidente do STJD e ex-diretor da CBF. De outro lado, numa tentativa de moralização e modernização da CBF está como candidato Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF).

Pela legislação vigente, uma chapa só pode ser registrada na nova eleição com o apoio de oito federações e cinco clubes. Na eleição, cada voto de uma federação tem peso 3 (três), clubes da Série A do Brasileiro, peso 2 (dois) e clubes da Série B, peso 1 (um). As 27 federações representam 81 votos, contra 40 da Série A e 20 da Série B. Um total de 141 votos.

Arivaldo Maia com matéria da Agência Futebol Interior