Conmebol aumenta prêmios destinados aos clubes – (Foto: Carl de Souza/AFP)
Entidade aumenta prêmios destinados à Libertadores, Sul-Americana e Recopa.
A Conmebol anunciou novidades na premiação das competições continentais em 2024. Ao todo, a entidade sul-americana prevê distribuir entre os clubes um total de US$ 312 milhões (cerca de R$ 1,54 bilhão, na cotação atual). O valor representa um aumento de 6%, ou US$ 18 milhões, em relação a 2023.
O montante inclui quatro torneios de clubes organizados pela Conmebol: Libertadores (masculina e feminina), Sul-Americana e Recopa Sul-Americana. Os valores destinados a cada competição ainda não foram revelados.
Em relação a 2015, o valor total distribuído pela Conmebol aumentou em 438%, como mostra o gráfico de evolução dos prêmios:
Evolução da premiação distribuída pela Conmebol aos clubes – (Foto: Divulgação/Conmebol)
Os prêmios destinados à Copa América 2024 não foram considerados. O torneio de seleções será realizado nos Estados Unidos entre junho e julho deste ano.
As lamentáveis cenas vexatórias de briga entre torcedores do Brasil e da Argentina com a polícia do Rio e também a confusão entre jogadores da Venezuela com o policiamento em Lima marcaram negativamente a 6ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026 nesta terça-feira. Em nota, a Conmebol condenou “todas as formas de violência”, mas se esquivou de responsabilidade e afirmou que a responsável por possíveis punições aos envolvidos é a Fifa.
“Após os acontecimentos ocorridos durante as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026 e com o objetivo de prestar informações ao público, cabe o seguinte esclarecimento: a Conmebol condena todas as formas de violência e sempre cooperará com ações que visem banir a violência, o racismo, a xenofobia e a discriminação”, afirmou a entidade nesta quarta-feira.
Desde a decisão da Copa Libertadores entre Fluminense e Boca Juniors, no Maracanã, que o clima é bastante hostil entre brasileiros e argentinos, com torça de acusações de racismo de um lado e xenofobia do outro. E sempre com a polícia exagerando na força, o que vem revoltando a Conmebol.
“Neste sentido, a Confederação Sul-Americana tem trabalhado sistematicamente para erradicar este flagelo que atinge o futebol sul-americano e mundial. E se coloca à disposição para continuar colaborando em qualquer iniciativa que busque erradicar a intolerância e a violência no esporte.”
Por fim, a entidade frisou que não pode ir além no quesito disciplinar de aplicar punição aos envolvidos. “Da mesma forma, destaca-se que a Conmebol não é organizadora das Eliminatórias para a Copa do Mundo. O desenvolvimento das regras que regem as Eliminatórias, bem como a decisão de abertura de investigação e a aplicação de possíveis sanções, são competências exclusivas da Fifa.”
Com domínio do Fluminense e cinco brasileiros, Conmebol divulga seleção da Libertadores 2023
Campeão da Libertadores, Fluminense teve cinco representantes na seleção montada pelo Grupo de Estudo Tático da Conmebol.
A Conmebol já divulgou a seleção da Libertadores, que contou com apenas dois jogadores de times estrangeiros. Dos 11 atletas, cinco são do Fluminense, dois do Internacional, dois do Boca Juniors, um do Atlético-MG e um do Palmeiras. Os jogadores foram escolhidos pelo Grupo de Estudo Tático da Conmebol.
O Flu, campeão da Libertadores, foi o grande destaque da lista. O zagueiro Nino, os meias André, Ganso, Arias, e o atacante Cano apareceram na seleção. O camisa 14 do Tricolor das Laranjeiras foi o artilheiro da competição, com 13 gols.
O Boca Juniors, vice-campeão, foi a única equipe fora do Brasil com atletas na lista: o goleiro Romero e o lateral Advíncula.
Dos 11 nomes selecionados, cinco são brasileiros: Nino, André, Ganso, Alan Patrick e Paulinho.
Veja a escalação da seleção da Conmebol
Sergio Romero (Boca Juniors); Advíncula (Boca Juniors), Nino (Fluminense) e Piquerez (Palmeiras); André (Fluminense), Alan Patrick (Internacional), Ganso (Fluminense) e Arias (Fluminense); Enner Valencia (Internacional), Paulinho (Atlético-MG) e Germán Cano (Fluminense).
Rodrigo Moledo está suspenso por um ano — (Foto: Ricardo Duarte/Internacional)
Zagueiro foi flagrado com a substância ostarina no organismo durante a vitória por 2 a 1 sobre o Metropolitanos pela fase de grupos da Libertadores.
Rodrigo Moledo sofreu uma dolorosa derrota neste final de semana. O zagueiro acabou punido por um ano pela Conmebol após ser flagrado pelo uso da substância ostarina no exame antidoping durante a vitória do Inter por 2 a 1 sobre o Metropolitanos, ainda durante a fase de grupos da Libertadores.
A pena é válida desde julho, quando veio a suspensão preventiva. O departamento jurídico do Colorado recorrerá da decisão da entidade sul-americana.
O confronto com o Metropolitanos ocorreu em 25 de maio de em Caracas. Moledo foi titular dos gaúchos na partida, válida pela quarta rodada da fase de grupos. À época, o time ainda era comandado por Mano Menezes.
A punição é válida para todas as competições. Moledo sequer pode ir ao Centro de Treinamentos Parque Gigante, no qual o Colorado se prepara para os confrontos a disputar.
Manoel, do Fluminense, foi suspenso por oito meses conta de um exame antidoping positivo para a mesma substância. O defensor poderá voltar aos gramados em fevereiro de 2024.
A ostarina é uma substância que influencia diretamente nos receptores ligados aos hormônios androgênicos, em especial a testosterona. A substância tem ação anabolizante, aumenta a massa muscular, a força e a performance.
A punição, caso seja mantida, evita que Moledo volte a defender o clube gaúcho. O contrato do zagueiro expira em dezembro.
Veja a nota publicada pelo Inter
“O Sport Club Internacional informa que recebeu a decisão oriunda da Unidade Disciplinar da Conmebol a respeito do caso envolvendo o atleta Rodrigo Moledo. A decisão penaliza o atleta por suspensão de 12 meses a contar de 13/07/2023. O Clube continuará a dar todo o suporte jurídico ao atleta até o trâmite final da demanda e estudará junto com o jogador as medidas recursais pertinentes.”
Arivaldo Maia com Tomás Hammes – Redação do ge – Porto Alegre
Após uma longa reunião na última quinta-feira, o presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol, Alejandro Domínguez, confirmou que Fluminense e Boca Juniors vão se enfrentar no Maracanã, no dia 4 de novembro, na final da Copa Libertadores. O encontro contou com representantes das duas equipes finalistas, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Associação do Futebol Argentino (AFA).
“Esta tarde nos reunimos com os representantes dos clubes finalistas da Conmebol Libertadores 2023, Boca Juniors e Fluminense, e CBF, e alinhamos os detalhes deste grande festival esportivo que será vivenciado no Rio de Janeiro, dia 4 de novembro, no lendário estádio do Maracanã”, escreveu o dirigente nas redes sociais.
Agora, a CBF fica responsável por negociar com o Flamengo uma solução para o jogo com o Red Bull Bragantino, na semana anterior. A equipe rubro-negra, um dos clubes do consórcio que administram o Maracanã, queria jogar no estádio, mas a Conmebol pede que o local esteja à sua disposição pelo menos uma semana antes da final, para que o gramado e a estrutura estejam perfeitos.
O desejo da CBF era de que essa questão não se transformasse em um debate público. A ideia era tentar agir diplomaticamente para encontrar uma solução, conciliando as posições de ambos os clubes brasileiros – final da Libertadores e partida contra o RB Bragantino realizadas no Maracanã. Não foi possível.
No plano inicial da Conmebol, em acordo com a CBF e com o Governo do Rio, o Maracanã ficaria à disposição da entidade para os preparativos da final depois do dia 22 de outubro, quando o Flamengo faz clássico com Vasco pela 28ª rodada do Brasileirão. O Fluminense, que também manda seus jogos no estádio, tem um jogo como mandante dia 25, contra o Goiás, mas já concretizou a mudança de local para o Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.
O consórcio do Maracanã é liderado pelo Flamengo, que tem o Fluminense como um cogestor. Cedido pelo governo do Estado do Rio, o estádio, assim como suas concessões e administração, é de responsabilidade dos clubes, principalmente do rubro-negro, que assina os documentos – neste caso, para ceder o campo para a decisão da Libertadores à Conmebol.
A reunião em Luque também contou com discussões sobre questões gerais da infraestrutura do estádio na decisão.