Antigos companheiros, Andrade e Joel Santana se enfrentam pela primeira vez
   17 de fevereiro de 2010   │     10:23  │  0

ALUNO E PROFESSOR SE ENCONTRAM LOGO MAIS NO MARACANÃ
ALUNO E PROFESSOR SE ENCONTRAM LOGO MAIS NO MARACANÃ

Joel Santana trabalhou duas vezes no Flamengo nos últimos cinco anos: em 2005 e 2007/08. Em ambas, Andrade foi seu auxiliar. Juntos, foram campeões do Carioca em cima do Botafogo em 2008. Hoje, os ex-companheiros vão se enfrentar pela primeira vez fora das quatro linhas na semifinal da Taça Guanabara, às 21h50m (horário de Brasília), no Maracanã.

Nos dias que antecederam o jogo, a pergunta mais feita a Andrade – e a todos os jogadores do Fla – foi sobre o que fazer na hora de enfrentar um técnico que conhece bem o grupo rubro-negro. A resposta foi diplomática ao longo da semana, com o atual comandante da equipe da Gávea afirmando que também tem muita informação sobre o Alvinegro e destacando a quantidade de vezes que as equipes já se enfrentaram. Mas, na terça-feira, Andrade mudou o tom ao ser questionado mais uma vez.

– Ninguém conhece o Flamengo melhor do que eu. Estou aqui há mais de 20 anos. Conheço desde o marceneiro até o rapaz que faz o café. Sei como o Joel trabalha, pois aprendi muita coisa com ele quando esteve aqui. Algumas coisas ele me passou, e outras não. Agora cada um vai defender seu lado – disse o técnico do Flamengo.

Joel viveu o outro lado da moeda e teve que responder repetidas vezes sobre as consequências de ter seus métodos e artimanhas bastante familiares aos rivais de logo mais. Mas o treinador do Botafogo garantiu que nem tudo sobre ele é conhecido no ex-clube.

– Andrade deve me conhecer, mas quase tudo. Tenho, por exemplo, o hábito de fazer a preleção sozinho com os jogadores. Por isso, muitas vezes o auxiliar acaba não sabendo tudo o que eu peço ao grupo e converso com eles em alguns momentos – disse Joel.

Apesar da antiga parceria, não se deve esperar um abraço entre os treinadores antes do início da partida. Joel não pretende cumprimentar Andrade antes de a bola rolar, mas garante que não é por falta de educação ou qualquer tipo de briga com o rubro-negro – é uma questão de honestidade.

– Não é 100% honesto, pois como vou dizer boa sorte a ele? Depois do jogo posso sair para jantar com qualquer treinador e ele ir à minha casa, como aconteceu muitas vezes. Já tive muitos amigos a quem nem dei adeus à beira do gramado. Antes do jogo não tem nada a ver. Os jogadores, sim, faço questão de cumprimentar – explicou Joel Santana.

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