Estádio Mané Garrincha vai virar ‘casa de shows’
   30 de março de 2018   │     0:04  │  0

Estádio Mané Garrincha

Vista aérea do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília (Foto: DIda Sampaio/ESTADÃO)

Estádio mais caro da Copa do Mundo de 2014, o Mané Garrincha, em Brasília, será transformado em uma “casa de shows”. Isso porque o governo do Distrito Federal, dono e responsável pela construção da arena, não quer mais ficar com o espaço após gastar R$ 1,57 bilhão na obra e pretende entregá-lo à iniciativa privada. O único interessado no estádio é o consórcio Arena BSB, formado pelas empresas RNGD e Amsterdam Arena, que já avisou que nos próximos 35 anos (período da concessão pública do Mané Garrincha) o futebol será tratado como secundário. A prioridade será dada a shows e eventos diversos.

O consórcio Arena BSB contratou a Capital Live, braço com foco em entretenimento da WTorre, responsável pela construção do estádio do Palmeiras, o Allianz Parque, e que transformou o local na arena com o maior número de grandes shows do mundo em 2017, segundo a Pollstar, uma das principais agências especializadas no mercado internacional de música. Só no ano passado foram 17 eventos desse porte. O objetivo é que parte da agenda de shows do Allianz Parque seja replicada na capital federal também.

Além do Mané Garrincha, estão no pacote da concessão o ginásio Nilson Nelson e o Parque Aquático Cláudio Coutinho. Pelo acordo, a Terracap receberá R$ 5 milhões por ano do consórcio, mas continuará arcando com o IPTU dos três espaços esportivos, atualmente de R$ 800 mil. O gasto anual de manutenção da companhia com o complexo esportivo é de R$ 13 milhões.

“Vamos, na verdade, ter um saldo positivo de R$ 18 milhões por ano. Além de não gastar os R$ 13 milhões de manutenção, receberemos R$ 5 milhões. A decisão estratégica de construir o estádio foi equivocada e a concessão será uma forma de minimizar esse prejuízo” informa o presidente da Terracap, Júlio César de Azevedo Reis.

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