“Ladrão do século” quer ver jogo do Arsenal antes de morrer
   4 de novembro de 2009   │     0:23  │  0

TOR5CEDOR DO ARSENAL, BIGGS NÃO QUER MORRER SEM PRESTIGIAR SEU TIME
TORCEDOR DO ARSENAL, BIGGS NÃO QUER MORRER SEM PRESTIGIAR SEU TIME

O britânico Ronnie Biggs, conhecido como o “ladrão do século” pelo assalto ao trem pagador de Glasgow (Escócia) em 1963, quer ver um jogo do Arsenal, clube para o qual torce, antes de morrer. Segundo o jornal Evening Standard, Biggs está recuperando-se de uma pneumonia, mas deixou o lar de repouso para idosos onde vive para acompanhar pela televisão e ao lado do filho Michael, o clássico entre Arsenal e Tottenham.

Aparentemente, Biggs está em condições de ir ao Emirates Stadium para ver o Arsenal. A data mais provável da visita é o dia 29 de novembro, quando o time enfrenta o Chelsea, pelo Campeonato Inglês.

Biggs foi condenado a 30 anos de prisão pela participação, junto com outras 15 pessoas, a um assalto ao trem postal de Glasgow na altura de Ledburn (sul da Inglaterra), em 8 de agosto de 1963, quando Biggs completou 34 anos. Cerca de 2,6 milhões de libras (3 milhões de euros atuais) foram roubados, um recorde para a época.

Os assaltantes, porém, acabaram presos em janeiro de 1964. Mas Biggs ficou pouco tempo na penitenciária de Wandsworth. Depois de 15 meses atrás das grades e com 29 anos de pena ainda pela frente, ele fugiu com uma escada de corda feita à mão e com a ajuda de uma caminhonete que o aguardava do lado de fora do presídio.

Fora da prisão, Biggs foi para Paris com a mulher, Charmian, e os dois filhos, Farley e Chris. Após se submeter a uma cirurgia plástica, ele e o resto da família, munidos de passaportes falsos, foram para a Austrália. Mas quando a Scotland Yard chegou ao seu encalço, o assaltante fugiu para o Brasil, que na época ainda não havia assinado um tratado de extradição com o Reino Unido.

Em 1974, o detetive Jack Slipper, que passou a vida perseguindo Biggs, conseguiu detê-lo no Rio de Janeiro. Mas o assaltante voltou a dar uma volta na Justiça britânica. Como estava se divorciando da mulher e havia acabado de se tornar pai de Michael, o filho que teve com a dançarina brasileira Raimunda de Castro, ele conseguiu evitar sua extradição. Em 2001, Biggs retornou voluntariamente ao Reino Unido após permanecer no Brasil foragido da Justiça.

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