Jogadores do Flu evitam até andar pela ruas, temendo agressões
   22 de agosto de 2009   │     0:03  │  0

76344444fernandohenrique.jpg

O goleiro Fernando Henrique não aceita ser reserva no Flu

As cenas de vandalismo do dia 26 de maio nas Laranjeiras não se repetiram, o risco de invasão aos treinamentos é quase nulo desde a mudança para o CFZ e a série de protestos dos torcedores tem se restringido às vaias nas arquibancadas. Porém, como precaução não faz mal a ninguém, os jogadores do Fluminense preferem não se arriscar.

Na vice-lanterna do Campeonato Brasileiro e com o risco de rebaixamento cada vez mais real, exposição gratuita nas ruas do Rio de Janeiro é dar chance para o azar. Sendo assim, a concentração em período quase que integral por livre e espontânea vontade impera no elenco.

Passado o desembarque tranquilo no Rio de Janeiro, na tarde de quinta-feira, após a derrota por 1 a 0 para o São Paulo, na véspera, o grupo tricolor teve o restante do dia livre, mas poucos foram os que se aventuraram longe de casa.

– Nesses momentos o torcedor toma as atitudes mais com a emoção do que com a razão. É melhor evitar – disse Fábio Santos.

E se o volante, que é um dos poucos que ainda gozam de prestígio com o torcedor durante o mau momento, tem esse tipo de atitude, o que dizer do perseguido Edcarlos? Alvo recorrente da torcida nos jogos do Fluminense, o zagueiro passou batido pelo saguão do Aeroporto Santo Dumont, mas não sem antes revelar o destino:

– O melhor a fazer é ficar em casa.

Se há casos de jogadores que evitam os torcedores, há até mesmo aqueles que fogem do contato até mesmo com a imprensa, como o goleiro Fernando Henrique. Sempre solícito, ele não escondeu a insatisfação com a volta para o banco de reservas e deixou o local sem conceder entrevistas.

Tags:,