O último sábado foi duro para Roberto Mancini não apenas porque conheceu, diante do Everton, sua primeira derrota como treinador do Manchester City. Após tirar um inoperante Robinho de campo logo aos 15min do segundo tempo da partida, o italiano explicou sua polêmica opção e garantiu que o atacante ainda dará a volta por cima.

A substituição de Robinho não foi comum. Acabou sendo considerada “humilhante” pela rede britânica BBC pois ele havia começado a atuar somente a partir dos nove minutos de jogo, substituindo o lesionado Roque Santa Cruz. Muito mal, o brasileiro deu razão aos repórteres mais críticos, que chegaram a perguntar a Mancini se o sábado representou o “fim da linha” para o atleta no City.

“Não”, apressou-se a responder o técnico. “Ele é um bom jogador que, como qualquer outro, precisa trabalhar duro e jogar bem. Eu tinha (Craig) Bellamy, Benjani (Mwaruwari), (Carlos) Tevez e Robinho, todos atacantes, e então decidi alterar um”, disse o comandante, que no lugar do ex-santista colocou o meia Shaun Wright Phillips.

Protagonista da transferência mais cara da história do Manchester City, Robinho deixou o Real Madrid por 32,5 milhões de libras em agosto de 2008 e desde então quase nunca brilhou. Pelo Campeonato Inglês, disputou 41 partidas e marcou 12 gols – todos na última temporada, sendo o mais recente no longínquo 2 de maio.

Lesionado durante boa parte do segundo semestre do ano passado, o brasileiro foi reserva em três das quatro partidas nas quais foi dirigido por Mancini, anunciado para o cargo do demitido Mark Hughes em 19 de dezembro.

Segundo o diário espanhol Mundo Deportivo, a opinião dos jogadores do Barcelona foi fundamental para a não contratação de Robinho pelo Barcelona. Guardiola teria optado pelo equilíbrio no elenco catalão para não levar o brasileiro para a Catalunha.

A mensagem dos jogadores para o treinador do Barcelona teria sido clara: “não precisamos de Robinho”. Guardiola não teve como contestar um grupo que conquistou seis títulos em 2009 – Mundial de Clubes, Liga dos Campeões, Campeonato Espanhol, Copa do Rei, Supercopa Europeia e Supercopa da Espanha.

O comandante do clube sempre teve interesse em contratar o brasileiro, desde os tempos de Real Madrid. Porém, como a rivalidade entre os clubes da Espanha é muito grande, Robinho acabou assinando com o Manchester City.

O atacante da Seleção Brasileira não se adaptou perfeitamente ao City, e na janela de transferências de julho, o empresário do jogador o ofereceu ao clube catalão. O Barça, no entanto, estava focado na contratação de Ribéry, e Robinho ficou em segundo plano.

As conversas voltaram a esquentar, mas os jogadores fizeram novo movimento contrário à chegada de Robinho ao Camp Nou.