Sem alterar o tom de voz, a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, foi direta e condenou a ida de jogadores do clube ao Sambódromo, em dias que antecedem a decisiva partida pela semifinal do Campeonato Carioca, amanhã, contra o Botafogo. No entanto, a dirigente destacou que proibir a presença dos atletas na passagem escolas de samba do Grupo Especial, domingo e segunda, seria pior.

“Particularmente, como ex-atleta, eu não iria, descansaria. Se eles se garantem, tudo bem. Mas saibam que vão ser cobrados”, frisou a presidente do time rubro-negro, ex-nadadora olímpica.

Patrícia ponderou que a ida de jogadores ao Sambódromo pode até não ser prejudicial, desde que tenham discernimento e se comportem. Sem exageros, acredita que o cansaço não se refletirá em campo. No Flamengo, vários jogadores e até o técnico Andrade revelaram que vão à Sapucaí. Alguns irão para um camarote, outros, como o meia Petkovic e o atacante Vágner Love, prometeram sair pela Portela e Mocidade Independente de Padre Miguel, respectivamente.

E até pela quantidade de integrantes do clube na Sapucaí é que Patrícia endureceu o discurso. Lembrou o principal compromisso de todos que atuam pelo clube.

“No Flamengo, o maior compromisso é com a vitória e disso nem eu e nem a torcida vamos abrir mão. São profissionais, recebem muito bem para isso e os salários estão em dia”, afirmou a presidente.

Em seguida, Patrícia observou que partir para o radicalismo e proibir a presença dos atletas no Carnaval do Rio seria uma medida pouco eficaz. Para ela, todos dariam um jeito de burlá-la. “É difícil segurar. Jogo na Quarta-feira de Cinzas… Não adianta proibir porque eles acabam vindo escondidos”, disse Patrícia.

A presença de jogadores na Sapucaí é uma tradição e nunca houve problemas. O episódio ganhou destaque quando jogos decisivos do Carioca passaram a ser disputados no Carnaval.

Mais uma vez, o Flamengo mostrou a força de seu nome no cenário nacional e fechou um contrato no valor de R$ 8,5 milhões com o Banco BMG. A empresa irá estampar seu nome nas mangas da camisa e assim, o clube ganha um fôlego ainda maior para realizar contratações e realizar pagamentos salariais.

Somente para o futebol, serão destinados R$ 8 milhões. Para o basquete, R$ 500 mil. Além do acordo inicial, a cota de patrocínio do futebol pode chegar em até R$ 10 milhões se o clube vencer a Taça Libertadores da América.

Com isso, o valor total que o Flamengo tem a receber de patrocinadores passa para R$ 32 milhões, já que a Batavo investe R$ 22 milhões no clube da Gávea.

O Flamengo acertou a compra de 50% dos direitos econômicos do meia Carlyle, destaque do CFZ-DF na campanha da última Copa São Paulo. O jogador, 19 anos, marcou dois gols no duelo contra o Fla pela competição e é filho do presidente do clube brasiliense.

Para confirmar a negociação, Zico, proprietário do CFZ-DF, e Patrícia Amorim, presidente do Flamengo, acertam detalhes de uma parceria que deve envolver a estrutura do CFZ-RJ para treinos das categorias de base flamenguistas e um time B.

Carlyle já é jogador do Flamengo e está no Rio de Janeiro para realizar exames médicos e ser oficialmente anunciado como reforço para o treinador Andrade.

Com grande contribuição do jogador, o CFZ-DF eliminou o Fla na segunda fase da Copa São Paulo e avançou até as quartas de final, caindo nos pênaltis contra o Juventude.