Os torcedores do Boca Juniors tiveram motivos para ficarem preocupados, na última quinta-feira, apesar da vitória de 3 a 0 da equipe de La Bombonera sobre o Chacarita, pela 11ª rodada do Torneio Apertura do Campeonato Argentino. O meia Juan Roman Riquelme, pretendido pelo Corinthians para reforçar o clube 2010, deixou o gramado lesionado aos 36min da primeira etapa, com a suspeita de uma grave lesão.

A saída do camisa 10 de campo assustou os torcedores da equipe. Riquelme fez gestos de dor e mostrou muita tristeza logo após sentar no banco de reservas, com o receio de ter readquirido uma lesão no pé, oriunda do confronto ante o Guarani, do Paraguai, pela Copa Libertadores da América desta temporada.

Riquelme assistiu o restante do primeiro tempo no banco de reservas, contudo, logo após o apito que encerrou os 45min iniciais, os médicos do Boca Juniors levaram o camisa 10 para o Instituto de Diagnósticos de Buenos Aires para realizar uma ressonância magnética.

A princípio, o sonho corintiano para 2010 teve constatada uma lesão na fáscia, uma espécie de tendão que une os dedos dos pés com o calcanhar. Caso os exames mais detalhados confirmem uma ruptura desta região, Riquelme poderá desfalcar o Boca Juniors por vários meses.

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As especulações sobre uma sondagem do Corinthians ao argentino Riquelme chegaram aos ouvidos do jogador. Em entrevista ao diário argentino Olé, o meio-campista do Boca Juniors confirmou que seu representante foi procurado por pessoas ligadas ao clube brasileiro. Mas garantiu foco apenas em seu time.

“Procuraram várias vezes meu representante. Não sei se comunicaram o clube também, mas estou bem aqui. Tenho um ano muito importante e quero estar na melhor forma. Quero ver se tenho sorte de ser campeão outra vez e, a partir de 30 de junho, verei o que tenho que fazer”, comentou o camisa 10.

As negociações para ter o jogador no ano do centenário seriam comandadas por Cleber Desidério e Thiago Ferro, do Grupo Sonda, o braço esportivo do DIS. Ainda de acordo com o jornal argentino, deverá haver uma reunião com o presidente do Boca, Jorge Amor Ameal, em 10 de dezembro.

Embora Riquelme garanta concentração até o término de seu atual vínculo, ele poderia ser liberado com mais facilidade se o clube argentino não conseguir vaga na próxima edição da Copa Libertadores. A intenção inicial do Boca é seguir com o atleta e, por isso, já teria começado a discutir sua renovação.

“Não, não temos conversado nada (a respeito da renovação)”, negou Riquelme a versão inicial do jornal. “Mas não tenho muita vontade de falar desse assunto. Eu me comprometi com o presidente e os torcedores a jogar da melhor maneira. Depois, em 30 de junho, o clube definirá”, finalizou.

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O meio-camposta Riquelme voltou a jurar seu amor pelo Boca Juniors ao dizer que está atuando de graça pelo clube. O argentino citou a situação quando perguntado se poderia enfrentar o Vélez Sarsfield, no fim de semana, mesmo ainda em fase final de recuperação de lesão.

“Sempre quero jogar. Acontece que amo esse clube. Caso contrário, não estaria trabalhando de graça. Sou o único jogador que trabalha de graça. E faço isso feliz da vida. Essa é minha casa, quero ver a torcida feliz”, afirmou o jogador ao diário Olé.

No entanto, Riquelme não tem jogado de graça, ao contrário do que disse. Por conta da crise econômica do Boca, o jogador aceitou receber por apenas dois de seus três anos de contrato. Ainda assim, ele ganha cerca de 30 mil pesos (R$ 14 mil) mensais, além dos prêmios divididos pelo elenco.

Riquelme tem sido apontado como possível reforço do Corinthians para 2010. No entanto, o apoiador deixou claro que, mesmo jogando “de graça”, pretende renovar seu contrato com o Boca.

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