Estádio do Flamengo: Diretoria está atrás de sócios e tem arena do Bayern de Munique como exemplo, diz jornalista
   12 de novembro de 2023   │     20:00  │  0

Projeto de estádio do Flamengo no Gasômetro, na região do Centro do Rio

Estádio alemão é referência pelo modelo de negócios, que não daria prejuízo aos rubro-negros.

O velho sonho do estádio próprio no terreno do antigo Gasômetro, no Centro do Rio, segue firme no Flamengo. O clube mais popular do Brasil já teria desenvolvido um plano financeiro para gerir a arena sem se endividar. Ele envolveria outros sócios no projeto que também poderiam utilizar o local. O modelo de negócio é inspirado na Allianz Arena, do Bayern de Munique-ALE.

– O plano é fazer uma SAF para trazer fundos para construir o estádio. Os dirigentes do Flamengo, inclusive, foram para a Alemanha para estudar o modelo do Bayern com o seu estádio, a Allianz Arena. O estádio do Bayern funciona da seguinte forma: várias empresas são parceiras do clube, como a Audi. Então, a Audi usa o estádio para fazer seus eventos, como lançar carros. O Flamengo estuda parcerias semelhantes com 3 empresas que seriam sócias do seu estádio. A ideia dessa gestão é não se endividar para fazer o estádio – revelou o jornalista e apresentador André Rizek durante seu programa no Sportv.

Segundo o comunicador, o Flamengo agora conta com o apoio da Prefeitura do Rio. Inicialmente, a administração municipal não via com bons olhos a ideia de um estádio próximo ao Maracanã. Por isso, incentivava o rubro-negro a procurar outras regiões, como no bairro de Deodoro. Mas, agora, será uma aliada na tentativa de convencer a Caixa Econômica Federal, dona do terreno do antigo Gasômetro, a negociar com o clube carioca. Este segue sendo o maior entrave do projeto.

– Havia um problema com a Prefeitura, que preferia que o estádio fosse em outro local para não ficar perto do Maracanã. Porém, o Flamengo conseguiu convencer a Prefeitura e esse assunto já foi resolvido. O problema é que o terreno pertence à Caixa Econômica Federal. A Caixa conseguiu autorização para construir um arranha-céu e, por isso, quer cobrar por potencial de andar, e o Flamengo não quer pagar isso, e sim pelo terreno. Então, há uma diferença muito grande de valor entre o que a Caixa quer receber e o Flamengo quer pagar – explicou Rizek, que ainda acrescentou:

– O Flamengo está em conversas com o Governo Federal para tentar resolver isso, e o clube conta com a ajuda da Prefeitura. Publicamente, ninguém vai admitir isso, porque o Flamengo está tentando renovar a sua concessão do Maracanã e pegaria mal admitir publicamente que quer construir um estádio.

A atual gestão vai intensificar as movimentações em torno do projeto a partir de agora. Vale lembrar que o clube está a um ano das eleições, e isso provavelmente será usado como trunfo.

Arivaldo Maia com Redação do EXTRA – Rio de Janeiro