Lateral do Vorskla Poltava detalha ao L! os desafios de disputar Ucraniano em meio à guerra no país
   25 de fevereiro de 2023   │     12:00  │  0

Felipe Rodrigues diz que sente um ‘medo danado’ – (Foto: LANCE)

Lateral com passagem pelo futebol paulista, Felipe Rodrigues conta adaptações na sua rotina na Ucrânia e fala de tensões com conflito bélico.

A luta para se adaptar a um novo país carrega uma proporção ainda mais desafiadora para Felipe Rodrigues. Atualmente no Vorskla Poltava, o lateral-direito se prepara para ser um dos representantes brasileiros em ação no Campeonato Ucraniano. Passado um ano, os clubes da competição continuam a conviver com os ecos da invasão russa que culminou na guerra da Ucrânia.

No clube alviverde desde 2022, o lateral, que tem passagens por clubes como Paulista, Guarani e se destacou no Novorizontino, detalha ao LANCE! como foi o desafio de chegar ao país em meio ao conflito bélico entre Rússia e Ucrânia. Além disso, destaca o dia a dia no clube e traça planos para a temporada no Vorskla Poltava.

LANCE!: Quando a guerra teve início, como foram o desafio e a incerteza para você e sua família?

Felipe Rodrigues: Quando fui para a Ucrânia, a guerra estava em curso. Fui, mas com um medo danado. Inicialmente, não quis levar minha família.

L!: Você chegou a pensar em deixar o clube em algum momento?

Pensei várias vezes, por medo da guerra. Quando você não está perto do lugar no qual ela está acontecendo, é fácil de falar, opinar sobre algo. Mas quando acontece diante de você, é muito complicado.

L!: Em 2022, a competição voltou em meio à guerra da Ucrânia. Quais foram as mudanças na rotina de vocês?

Ah, o fato de não contar com torcida e jogar de portões fechados. Além disso, quando toca o alerta do país, se há um jogo acontecendo, ele é interrompido. Em alguns momentos, até adiado, cancelado.

L!: Como está a rotina de viagens entre uma cidade e outra da Ucrânia?

Aparentemente, as viagens estão normais. Mas dá muito medo, pois, querendo ou não, estamos ali no meio de uma guerra.

L!: Como a rotina de guerra é assimilada entre o grupo?

Na verdade, todos têm medo, né?! Mas acho que eles são mais discretos que os atletas estrangeiros. Além disso, são do país, sabem como funciona a rotina e ficam por dentro de tudo o que está acontecendo.

L!: Como estão as expectativas para o Vorskla Poltava retomar sua rotina este ano?

São as melhores possíveis. Estamos nos preparando muito bem para voltarmos com tudo no Campeonato Ucraniano. Queremos fazer uma sequência de campeonato muito bom e chegarmos no topo da tabela.

L!: E o que o torcedor pode esperar da equipe nessa competição?

Pode esperar muita dedicação e trabalho, pois vamos chegar cheios de energia para o restante da competição.

Arivaldo Maia com PARCERIA LANCE & ISTOÉ