Retrospectiva financeira: Botafogo paga R$ 70 milhões em dívidas e inicia planos
   5 de janeiro de 2023   │     13:30  │  0

John Textor é acionista de cinco clubes ao redor do mundo — Foto: Vitor Silva/Botafogo

John Textor é acionista de cinco clubes ao redor do mundo — (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

Ano de estreia da SAF com John Textor mostra queda de dívida histórica e entrada em RCE para pagamento gradual de credores.

O Botafogo teve avanços significativos no que diz respeito à dívidas no ano de estreia da SAF com John Textor. O clube carioca quitou cerca de R$ 70 milhões em débitos e entrou em planos de pagamentos unificados em 2022.

Vale lembrar que o americano assumiu todas as dívidas do passado quando assinou a compra do clube. O Botafogo tinha cerca de R$ 800 milhões em débitos, o que representava um dos maiores prejuízos do futebol brasileiro.

O cenário atual está longe de ser confortável, mas aos poucos a roda gira. Um passo importante foi a entrada no RCE (Regime Centralizado de Execuções) em setembro. O Botafogo destina 20% da receita mensal aos credores. O pagamento é unificado, realizado em uma espécie de “fila”, dando preferência aos casos mais urgentes.

Desta forma, foram quitados pouco mais de R$ 13 milhões em dívidas trabalhistas no ano. A expectativa para 2023 é ainda maior, já que o clube “só” teve quatro meses em contato com o projeto durante a temporada. O plano é pagar R$ 178 milhões em até dez anos.

A tendência é que os valores cresçam de forma exponencial para 2023, já que o clube terá um novo patrocínio master ainda no começo da temporada, novas receitas de televisão e voltará a disputar a Copa Sul-Americana, que possui premiações em dólar.

A grande ação no que diz respeito a dívidas veio nos últimos momento de 2022. O clube quitou uma dívida de R$ 54 milhões – uma das maiores da história da instituição – com o munícipio do Rio de Janeiro.

Investimentos

Por contrato, John Textor era obrigado a gastar, no mínimo, R$ 150 milhões no primeiro ano da SAF. O clube informou, em nota oficial, que o acionista investiu R$ 200 milhões nos primeiros meses do novo modelo de gestão, totalizando 30% a mais do que estava combinado.

O valor diz respeito a investimento em contratações, estrutura, pagamentos de dívidas etc. O Botafogo, bem verdade, contou com um incômodo problema de fluxo de caixa que atrasou salários de jogadores no fim do ano, mas o problema não saiu do controle e foi solucionado no último dia útil de 2022.

Como explicado pelo ge, tudo se dava pelo “desencontro” das datas de pagamentos, algo que o clube e Textor querem mudar para 2023.

Arivaldo Maia com Redação do ge – Rio de Janeiro