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Byron Castillo grita de dor após lesionar o joelho no início do segundo tempo — (Foto: FRANKLIN JACOME / AFP)
Rumores envolvendo a nacionalidade do jogador equatoriano o persegue desde as categorias de base, segundo relato. Chile segue tentando provar que atleta é, na verdade, colombiano.
O jogador Byron Castillo falou pela primeira vez sobre a polêmica envolvendo a veracidade de sua nacionalidade – que é pivô de uma disputa judicial por uma vaga na Copa do Mundo de 2022. Em entrevista para o Telemundo, o lateral-direito equatoriano assumiu que em determinado momento já pensou em desistir do futebol.
– Passei um período muito difícil na minha carreira, porque o problema já dura anos. De repente, no nível internacional, eles pensam que é agora, mas já foi resolvido no Equador – afirmou Byron.
Byron, que hoje atua no León, do México, também revelou sofrer ameaças em suas redes sociais e ataques nos estádios na época que ainda jogava pelo Barcelona de Guayaquil. No entanto, o apoio da família e dos amigos foi fundamental para que ele não desistisse do esporte.
– Me atacaram e eu contei o que aconteceu. Em um ponto eu não queria continuar, senti muita pressão – continuou.
Em maio, a federação chilena denunciou o Equador para o Comitê de Disciplina da Fifa alegando que a certidão de nascimento de Byron seria falsa e que o jogador é, na verdade, colombiano. Na última semana, o jornal inglês Daily Mail afirmou ter áudios em que Byron confessa que nasceu em Temuco, na Colômbia, em 1995, não em General Villamil, em território equatoriano, em 1998, como consta em seus documentos.
A entidade encerrou o processo, mas os chilenos recorreram. O comitê de apelações da Fifa julga o recurso no próximo dia 15 e convocaram Byron Castillo para a audiência.
A nacionalidade de Castillo é tema no Equador desde que o lateral foi chamado para as seleções de base. Ele ficou de fora do Sul-Americano Sub-20 de 2017 por inconsistência na documentação. Já no grupo principal, a primeira convocação só ocorreu em agosto do ano passado, após um juizado local atestar os documentos.
Arivaldo Maia com Redação do ge — Quito
