Um protesto a cada quatro meses, futebol desmontado: Vasco tenta guinada em 2019
   8 de maio de 2019   │     0:03  │  0

Vasco está na lanterna do Campeonato Brasileiro, com duas derrotas e um empate

inferno em São Januário: Vasco está na lanterna do Campeonato Brasileiro, com duas derrotas e um empate (Foto: Bruno Marinho)

 

Entre o sonho de pacificação do Vasco e a realidade de mar turbulento há uma distância do tamanho da frequência com que os protestos acontecem do lado de fora do clube. Alexandre Campello foi o principal alvo de cerca de 100 torcedores que pararam em frente a São Januário, para se manifestarem contra a gestão e os maus resultados no futebol. Foi nada menos que a quarta manifestação em 16 meses da atual gestão. Uma a cada quatro meses. Isso sem contar as reclamações nos aeroportos da vida.

Além do presidente, também foi alvo Paulo César Gusmão, coordenador de futebol do clube. A torcida pede sua demissão, na carona da saída de Alexandre Faria, demitido. Outro muito insultado foi Yago Pikachu. O jogador virou persona non grata após agredir um vascaíno no desembarque da equipe em Manaus.

Apesar da bronca quanto aos resultados no futebol — a equipe é a última colocada no Brasileiro, com duas derrotas e um empate —, o protesto foi majoritariamente político. Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo, foi muito atacado, assim como o Conselho de Beneméritos. Houve pedidos por voto direto para presidente e gritos afirmando que o clube possui as “eleições mais roubadas do Brasil”. Julio Brant, líder da “Sempre Vasco”, também foi alvo de críticas.

Para o cargo de diretor de futebol, três nomes foram especulados em São Januário: Antônio Lopes, Ricardo Rocha e Felipe Ximenes. Em contato com a reportagem, todos negaram terem sido procurados pelo Cruz-Maltino.

Para o cargo de treinador, após uma série de contatos infrutíferos — a diretoria procurou Dorival Júnior, Diego Aguirre, Jorge Jesus e Dunga —, a tendência é que Marcos Valadares seja mantido na função interinamente até que essas pendências sejam resolvidas.

O Vasco terá o terceiro diretor de futebol em 16 meses. Quando assumiu o clube, Alexandre Campello contratou Paulo Pelaipe para a função, com Newton Drummond no cargo de gerente de futebol. Os dois foram demitidos em junho do ano passado e Paulo César Gusmão e Alexandre Faria foram contratados para o lugar. Faria caiu no domingo, enquanto Gusmão balança no cargo.

Blog com EXTRA