Zico lembra que entrada de Douglas Costa, no lugar de Willian, foi fundamental para mudar a cara do jogo (Foto: AFP)
– Foi uma vitória no sufoco, mas que serve para dar moral para a nossa Seleção na Copa do Mundo. O Brasil encontrou uma defesa forte e com praticamente todos os 11 jogadores atrás da linha da bola. Toda vez que tinha um brasileiro, eles dobravam a marcação. O primeiro tempo foi complicado e a Seleção teve raras oportunidades. Neymar precisava buscar a bola muito atrás e, quando ia mais à frente, até recebia alguns lançamentos, mas eram poucos. A melhor chance, inclusive, foi da Costa Rica.
Na etapa final, a mexida do Tite ao colocar o Douglas Costa se tornou fundamental. É um jogador de velocidade, que vai para cima e deu mais confiança ao Brasil para inverter as jogadas e tocar a bola não somente pelo lado esquerdo. A partir daí, a nossa equipe cresceu e sufocou. A marcação passou a ser forte no campo do adversário, com o Brasil sendo dono do jogo, diferentemente da estreia contra a Suíça. A Costa Rica quase não deu trabalho ao goleiro Alisson. Com a entrada de Firmino, o time melhorou, mandou bola na trave, teve pênalti que o juiz marcou e voltou atrás, e abriu o placar daquele jeito que a gente pede: Coutinho vem de trás, percebe o espaço no passe de cabeça do Firmino e, na ajeitada de Jesus, bate de bico debaixo da perna do Navas. A roubada de bola de Casemiro e o passe de Douglas Costa para Neymar no segundo gol selaram a vitória nos acréscimos de forma justa.
Infelizmente, temos de falar do nervosismo do nosso camisa 10. Se o árbitro quisesse expulsá-lo, o teria feito, prejudicaria a carreira dele e o Brasil. Agora, é jogar com calma contra a Sérvia, pois dependemos de nossas próprias forças – concluiu Zico, grande nome do Flamengo e do nosso futebol.
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