Fifa restringe consulta de árbitro a monitor de vídeo no Mundial
   26 de abril de 2018   │     0:04  │  0

Árbitro consulta o VAR durante partida semifinal da Copa da Alemanha entre Schalke 04 vs Eintracht Frankfurt

Árbitro consulta o VAR durante partida semifinal da Copa da Alemanha entre Schalke 04 vs Eintracht Frankfurt (Foto: Ina Fassbender/AFP)

A Fifa fez ajustes no sistema de árbitro de vídeo (VAR) para a Copa do Mundo da Rússia e criou um protocolo que determina quando o juiz deve consultar o monitor na lateral do campo para rever jogadas em análise pela equipe de árbitro de vídeo.

Os objetivos são evitar demora na revisão de jogadas e fazer o jogo fluir sem contratempos —principais preocupações dos contrários ao uso da tecnologia no futebol.

A recomendação da Fifa para a Copa é que o árbitro só recorra ao monitor fora do campo quando estiver sendo feita a revisão de um lance interpretativo, como o impedimento de jogadores que podem ter interferido em lances de gol e faltas que levem a um gol, à marcação de um pênalti ou que possam levar a uma expulsão com cartão vermelho direto.

Anteriormente, a Fifa dizia que o árbitro poderia verificar o monitor em qualquer situação em revisão pelo VAR.

Em outros seis incidentes, classificados pela entidade como factuais, o árbitro deverá tomar a decisão de rever ou não a marcação de campo baseado apenas na comunicação por rádio com equipe de arbitragem de vídeo.

Relatório de janeiro da International Board, órgão responsável pelas regras do futebol, após análise de 804 jogos, indica que uma decisão após consulta ao árbitro de vídeo costuma ser tomada em um minuto. Em alguns casos em que foi feita consulta ao monitor ao lado do campo, houve demora de até quatro minutos.

A equipe de árbitro de vídeo trabalhará em uma central no IBC (International Broadcast Centre), em Moscou.

As imagens captadas pelas 33 câmeras de transmissão e mais duas exclusivas de linha de impedimento, em cada uma das 12 arenas da Copa, serão enviadas diretamente para o centro por meio de um sistema de fibra ótica.

A Fifa desistiu de ter patrocínios para o VAR. A proposta foi colocada em discussão, mas não avançou. A ideia era que empresas mostrassem suas marcas durante os replays na transmissão televisiva.

No Brasil, após reunião com os clubes, a CBF desistiu da implantação do VAR no Campeonato Brasileiro por causa dos altos gastos envolvidos: R$ 50 mil por partida, o que totalizaria R$ 20 milhões.

A tecnologia da linha do gol, já utilizada no Mundial do Brasil, seguirá em uso na Rússia.

Blog com FOLHA DE SÃO PAULO