Cautela: volta do Fla ao Maracanã depende de ”expectativa de receita”
   12 de março de 2017   │     0:04  │  0

013, contra o Atlético-PR.

Flamengo leva mais de 60 mil ao Maracanã (Foto: Divulgação/Flamengo)
Flamengo leva mais de 60 mil ao Maracanã (Foto: Divulgação/Flamengo)

 

O primeiro jogo do Flamengo no Maracanã em 2017, além de representar o resultado mais expressivo esportivamente da temporada – 4 a 0 sobre o San Lorenzo -, rendeu ao clube sua maior renda bruta no estádio desde a final da Copa do Brasil de 2013. Embora a sinergia entre time e torcida tenha impressionado, o Rubro-Negro não se desespera para voltar ao estádio. Quer dialogar com a concessionária, Odebrecht, a fim de que gaste menos com o aluguel do Maraca.

– Total interesse, não. É de interesse do Flamengo. A gente tem que olhar o aspecto esportivo, mas também tem que olhar o financeiro. Vai depender muito da expectativa de receita. Não é todo dia que a gente tem uma receita de R$ 3 milhões. O jogo que deu mais que isso foi a final da Copa do Brasil, que deu quase R$ 10 milhões. Acredito, sim, que a gente possa repetir essas receitas em outros jogos da Libertadores, mas temos que analisar com calma e cuidado. Tem que ver como vai ser o interesse da concessionária em permitir outros jogos lá. Ela tem que se manifestar em relação a isso também. Dessa vez, foi um custo atípico. A gente espera, agora, que o custo abaixe. Aí a gente quer sim, com certeza, fazer jogos lá – afirmou Fred Luz, diretor geral do Flamengo.

O custo atípico mencionado por Fred foi de R$1,708 milhões com a preparação do estádio e outros R$ 424.993,01 com a operação da partida. Para ratificar tal posição, o dirigente trata a realização de Flamengo x San Lorenzo no Maracanã como um presente aos torcedores, mas não como uma solução rentável para os cofres rubro-negros.

Deu lucro, claro. Não foi substancial, não foi proporcional à renda que tivemos, que cercou os R$ 3,6 milhões. De resultado líquido, o Flamengo teve lucro de 20% (R$ 750.660,16). O Flamengo quis viabilizar esse jogo. Era importante a estreia no Maracanã. É um brinde para a nossa torcida. Mas, esse tipo de custo por jogo não é viável. São pouquíssimos jogos que têm receita acima disso.

Prova de que não há desespero para se jogar no Maracanã é a intenção rubro-negra em relação à conclusão das obras no Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador. O Flamengo espera tê-lo pronto antes do dia 12 de abril, quando recebe o Atlético-PR, também pela Libertadores.

– Sem previsão do primeiro jogo lá. Mas queremos que esteja pronto para o jogo contra o Atlético-PR. Há possibilidade para um jogo menor, no Carioca, sempre tem, mas é pequena.

O Maracanã segue sem definição sobre qual empresa o controlará nos próximos anos. As francesas GL Events e Lagardère disputam a concessão, atualmente nas mãos da Odebrecht, que não continuará à frente do estádio.

Blog com GloboEsporte