Barras argentinas podem chegar armadas ao Rio de Janeiro
   1 de junho de 2014   │     0:01  │  0

<img src=”http://p2.trrsf.com/image/fget/cf/460/340/images.terra.com/2014/05/30/torcidaestudiantesgetty.jpg” width=”460″ height=”340″ title=”Milhares de torcedores organizados devem ingressar no Brasil Foto: Getty Images” alt=”Milhares de torcedores organizados devem ingressar no Brasil Foto: Getty Images” class=”image” />

Milhares de torcedores organizados devem ingressar no Brasil

 

Responsáveis por conflitos que mataram ao menos 72 pessoas nos últimos 10 anos, as torcidas organizadas argentinas, conhecidas como Barras Bravas, estarão nos jogos e na concentração da seleção de Lionel Messi no Brasil. Informações de agentes de segurança que acompanham a movimentação apontam que integrantes dessas barras estão no Brasil e devem chegar com armas ao Rio de Janeiro, onde o jogo é contra a Bósnia, no dia 15.

Por conta de uma lista de mais de 1 mil nomes de torcedores com histórico de violência em eventos esportivos, alguns integrantes das organizadas argentinas podem ser barrados na fronteira do Rio Grande do Sul, e por isso o caminho alternativo seria a entrada pela Bolívia e Paraguai, segundo tem noticiado a imprensa local.

No Brasil os torcedores das barras já tem recepção garantida. Os ligados ao grupo Hinchadas Unidas Argentinas (HUA), composto por barras de diversas equipes da Argentina, devem ficar hospedados em Sapucaia do Sul (RS) na Copa do Mundo, sob os cuidados do líder da torcida colorada Guarda Popular, Gilberto Viegas, conhecido como Giba.

Ele negociou com líderes da barra do Independiente no final de março, prometendo ingressos vindos de políticos brasileiros (cerca de 200, segundo declarações dele ao jornal Olé) e outras benesses. Gilberto negou que tenha esses ingressos. O jornal Clarín, da Argentina, publicou em 19 de maio que a Federação de Futebol Argentina (AFA) cedeu ao grupo HUA 900 ingressos para a Copa, 500 deles para revenda no Brasil. A AFA nega a informação.

Integrantes da torcida Guarda Popular próximos de Viegas, que preferem o anonimato por conta da repercussão que a vinda dos argentinos tem causado, disseram que não tem conhecimento de qualquer informação sobre a entrada ou disponibilização de armas para as Barras. Eles disseram ainda que os argentinos são pessoas conhecidas da torcida gaúcha, ligados ao Independiente, e que a Brigada Militar (PM local) e demais autoridades brasileiras foram informadas sobre a vinda dos torcedores.

No Rio Grande do Sul, a Brigada Militar está de prontidão desde o dia 21 de maio, com os batalhões da Copa e o Batalhão Especial de Pronto Emprego (Bepe) na capital. O planejamento contempla o atendimento a todos os torcedores que vão estar no Rio Grande do Sul, não só argentinos. Foco em aeroportos, hotéis, rodoviária, pontos turísticos. Há planejamentos específicos para dias de jogos do Brasil, dias de jogos em Porto Alegre, dias sem jogos em POA e do Brasil. “Nosso planejamento está pronto”, afirma o Comandante do Batalhão Copa, coronel João Diniz Prates Godoi.