Com estátua, João Saldanha será imortalizado no Maracanã
   19 de dezembro de 2009   │     0:24  │  0

O GRANDE4 JOÃO SALDANHA NO MOMENTO EM QUE ANUNCIAVA OS JOGADORES CONVOCADOS PARA DEFENDER O BRASIL EM 70
O GRANDE JOÃO SALDANHA NO MOMENTO EM QUE ANUNCIAVA OS JOGADORES CONVOCADOS PARA DEFENDER O BRASIL EM 70

O jornalista João Saldanha será eternizado no estádio Mário Filho, o Maracanã, onde viveu momentos de glória como comentarista esportivo e técnico de futebol. Uma estátua em tamanho natural, do escultor e cartunista Ique, será inaugurada nesta segunda-feira, dia 21, na Calçada da Fama do estádio, às 16h30, pelo Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, pelo Governador Sérgio Cabral, pela Secretária de Turismo, Esporte e Lazer, Marcia Lins, e por familiares e amigos de Saldanha.

Somente terão acesso ao local os jornalistas credenciados pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República, que farão também a cobertura do Prêmio Brasil Olímpico 2009.

A idéia da homenagem partiu do jornalista André Iki Siqueira, autor do livro João Saldanha, uma vida em jogo.

João Saldanha, o João Sem Medo, nasceu em Alegrete (RS) em 3 de julho de 1917. Em outra justa homenagem ao jornalista, o auditório do Maracanã, localizado no terceiro andar, tem o nome de João Saldanha. Destinado a jornalistas, o local com cerca de 80 lugares é usado para reuniões e coletivas de imprensa.

Saldanha era um apaixonado pelo Botafogo, clube que defendeu como jogador e que, como técnico, levou ao título do Campeonato Carioca de 1957, num time que contava com Garrincha, Nílton Santos, Didi e Zagallo, entre outros. O apelido de João Sem Medo era justificado por sua constante luta pela quebra de barreiras e superação de desafios.

Como jornalista, cobriu a Segunda Guerra Mundial e a Grande Marcha de Mao Tsé-Tung. Nos anos 60 e 70, era o jornalista esportivo mais popular do país, e ganhou, de Waldir Amaral, o slogan o comentarista que o Brasil inteiro consagrou.

O convite para dirigir a Seleção em 69 veio para que ele resgatasse o prestígio perdido na Copa de 1966, na Inglaterra. E a ousadia de João o fez aceitar o convite de João Havelange, na época presidente da CBD (atual CBF). João Saldanha morreu em Roma, aos 73 anos, poucos dias depois da final da Copa da Itália, em 1990.

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