A Fifa aumentou em 61% os valores pagos às seleções que disputam a Copa em relação a 2006, e a CBF pode ganhar quase 300% a mais como campeã mundial em relação a 2002.
O anúncio dos novos valores, na atual época de crise econômica mundial, foi feito ontem na Robben Island por Jérôme Valcke, o secretário-geral da máxima entidade do futebol.
No total, serão oferecidos US$ 420 milhões às 32 seleções participantes do primeiro Mundial na África. Na Copa de 2006, na Alemanha, a premiação total foi de US$ 261,4 milhões. Se pelo penta em 2002 a CBF faturou US$ 7,59 milhões, a entidade presidida por Ricardo Teixeira vai abocanhar US$ 30 milhões se levar o hexa.
Os prêmios serão gordos para todos no ano que vem. Vice, semifinalistas e times que param nas quartas de final vão ganhar, respectivamente, US$ 24 milhões, US$ 20 milhões e US$ 18 milhões. Quem cair nas oitavas levará US$ 9 milhões, US$ 1 milhão a mais que os que saírem logo na fase de grupos.
Para ter uma ideia melhor da bolada que a CBF pode levar na Copa, seu maior contrato de patrocínio (Itaú) rende por ano US$ 15 milhões, metade do valor que terá se o time de Dunga triunfar. Somando o que Itaú e Ambev (US$ 10 milhões) pagam por ano à CBF, não dá o prêmio de campeão mundial.
As seleções que irão ao Mundial ainda ganharão US$ 1 milhão para os custos com a preparação do torneio (se for campeã, portanto, a CBF acumulará um total de US$ 31 milhões). E a seleção brasileira fará uma preparação menos suntuosa para 2010 –no lugar da Suíça, usada como base para 2006, Curitiba vai abrigar a equipe.
Quem também lucrará com a Copa desta vez são os clubes, que costumeiramente reclamam por ceder seus atletas para o torneio. A Fifa irá disponibilizar US$ 40 milhões para as federações nacionais repassarem aos clubes que tiverem jogadores convocados. Um jogador convocado renderá ao seu clube US$ 1.600 por dia.
