Dunga recebe abraço de Maradona e faz história na Seleção
   7 de setembro de 2009   │     0:08  │  0

DUNGA FELIZ E MARADONA SEM SABER SE FICA
FINAL DE JOGO: DUNGA FELIZ E MARADONA SEM SABER SE FICA

Dunga entra em campo sem pressa. Não dá bola para os gritos de torcedores argentinos que fazem de tudo para pressionar a Seleção. É alvo de objetos atirados das arquibancadas. Com calma, retira uma garrafa d’água de seu caminho e senta no banco de reservas.

A poucos metros, Diego Maradona tem recepção bem diferente. É tratado como Deus pelo público, que faz questão de cantar seu nome a todo momento. Ele, acostumado com a ser o centro das atenções, agradece.

Antes de a bola rolar para Argentina e Brasil, Maradona vai até Dunga e o cumprimenta com um forte abraço. Os dois, antes rivais dentro de campo, comandam duas das seleções mais poderosas do planeta.

Durante o jogo, Dunga aparenta tranquilidade. Poucas vezes sai da área reservada para falar com os atletas. Nem mesmo os dois gols de Luís Fabiano e o gol de Luisão mexem tanto com o treinador, que sai do sério apenas uma vez para orientar a marcação de Robinho.

Do outro lado, Maradona reza. Reza muito. Em vão. Depois de beijar o crucifixo junto a seu peito, vê a Argentina sofrer o segundo gol. E se desespera. No rosto preocupado, o fantasma de ficar fora da próxima Copa do Mundo.

Dunga comemora. E faz história. É o técnico que coloca o Brasil em um Mundial com mais folga desde o início do atual formato de disputa, com turno e returno. A meta foi atingida com três rodadas de antecedência.

Felipão o fez apenas na última rodada para 2002, mas depois foi campeão na Coréia do Sul e no Japão. E nas Eliminatórias para a Alemanha 2006, Parreira conseguiu a vaga dois jogos antes, mas fracassou diante da França nas quartas de final.

Já Maradona começa a fazer contas. Vinte e dois pontos, quarta colocação, dois pontos a mais do que Equador e Colômbia. Nas últimas três rodadas, duas pedreiras: Paraguai e Uruguai fora de casa, além do Peru diante da torcida. Maradona vai ter de rezar muito.

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