Brasil encara pressão sul-africana para ir à final
   25 de junho de 2009   │     0:20  │  0

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Descontração de Kaká e Dunga no clima da Seleção do Brasil

Temperatura na casa de um grau negativo. Casa cheia, com expectativa de pelo menos 60 mil pessoas torcendo contra, ao som das irritantes vuvuzelas (cornetas). E um gramado em péssimas condições. Neste ambiente adverso, o Brasil decide contra a África do Sul uma vaga à final da Copa das Confederações, hoje, a partir das 15h30 (horário de Brasília), no Estádio Ellis Park, em Johannesburgo.

Os sul-africanos estão animados e cheios de confiança para enfrentar o Brasil. Para ajudar, os jogadores da seleção e o técnico brasileiro Joel Santana foram visitar no dia de ontem a lenda viva Nelson Mandela, de 91 anos. Posaram para fotos e receberam o apoio do maior líder da África do Sul.

“Boa sorte e eu acredito em vocês, foi tudo o que ele disse”, contou o zagueiro e capitão Mokoena. “Foi um momento especial para nós. Foi incrível se reunir com ele. Ele sempre teve convicção em nós, não só nesta equipe, mas em todas seleções sul-africanas”, disse Mokoena.

“Mandela é uma pessoa extremamente carismática, a sua simples presença e a maneira como ele falou nos passou paz e tranquilidade. Nunca em minha vida pensei que teria a oportunidade que tive hoje”, afirmou Joel Santana. Abençoados por Mandela e empurrados pela imensa torcida, os jogadores da Bafana Bafana (apelido da seleção sul-africana) querem entrar para a história nesta quinta-feira.

Por tudo isso, Dunga ligou o sinal de alerta do lado brasileiro. “A motivação desses jogadores é imensa para jogar contra o Brasil e fazer uma grande partida. Eles são os donos da casa, estão crescendo na competição”, avisou o treinador. Além da motivação natural, Dunga elogiou o time da África do Sul”

“Fizeram um bom jogo contra a Espanha (derrota por 2 a 0). É uma equipe africana, com as características tradicionais, são rápidos e fortes. Tentaremos bloquear os pontos positivos deles”, disse o treinador, que sabe que os brasileiros irão jogar sob imensa pressão diante de tamanho favoritismo contra os sul-africanos.

Mas a estratégia de Dunga não muda. O Brasil deve marcar forte e resolver a questão nos contra-ataques – de preferência, ainda no primeiro tempo, como já fez nas vitórias contra Estados Unidos e Itália. Na escalação, apenas uma dúvida: Luisão ou Miranda na vaga de Juan, que sofreu uma lesão na coxa esquerda e está fora da disputa da Copa das Confederações – a tendência é pelo primeiro.

Entre os jogadores brasileiros, o clima é de muito otimismo e confiança. Eles têm a nítida noção do que enfrentarão hoje no Estádio Ellis Park. Luís Fabiano sintetiza o sentimento do grupo. “Eles vão jogar sem pressão. Se perderem, tudo bem. Perderam do Brasil. Agora, se ganharem, será feriado nacional”, admitiu o atacante, que é o artilheiro da seleção no torneio, com três gols marcados.