A seleção brasileira decepcionou ao fechar a sua participação nas eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo-2010 com um empate sem gols contra a Venezuela, em Campo Grande (MS), ontem, pela última rodada do torneio.
Já classificado para o Mundial da África do Sul desde que derrotou a Argentina em 5 de setembro, o Brasil terminou a competição com 34 pontos em 18 jogos.
Agora, a seleção deve fazer pelo menos mais dois jogos antes do final do ano. A partida contra a Inglaterra já está confirmada: no dia 14 de novembro, em Doha, no Qatar. O outro jogo deve ser realizado quatro dias depois, mas ainda não tem adversário e local definidos.
Por ser sede da Copa-2014, o Brasil não disputará a próxima eliminatória e só voltará a participar desse torneio no classificatório para o Mundial-2018.
A partida contra a Venezuela marcou o 50º jogo do técnico Dunga no comando da seleção. Nesse período, além classificação com antecedência para a Copa, ele conquistou a Copa das Confederações-2009 e a Copa América-2007.
No jogo da noite passada o Brasil teve a volta dos titulares Gilberto Silva, Kaká e Luis Fabiano, que foram poupados na derrota por 2 a 1 para a Bolívia, no domingo, e nem viajaram para La Paz.
A principal a novidade do Brasil contra a Venezuela foi a escalação de Filipe Luís na lateral esquerda.
KAKÁ FOI O MELHOR BRASILEIRO, MESMO SEM SER BRILHANTE
O técnico Dunga atribuiu a derrota da seleção brasileira para a Bolívia domingo passado aos efeitos da altitude de La Paz. Mas, nesta quarta-feira, não tem desculpa. O Brasil voltou a jogar muito mal ao empatar sem gols com a fraca Venezuela em Campo Grande no último jogo das eliminatórias da Copa do Mundo. Com o resultado, o Brasil pode ser ultrapassado pelo Paraguai, que ainda joga nesta quarta com a Colômbia. O próximo jogo da seleção é o amistoso contra a Venezuela, no dia 14 de novembro, no Qatar.
O Brasil jogou com muita lentidão no primeiro tempo, criando pouquíssimas chances e dando espaços para a Venezuela, que tentava o primeiro gol principalmente através de bolas altas. A primeira chance dos visitantes aconteceu aos 21 minutos, quando Maldonado cobrou escanteio com muita curva e quase fez gol olímpico.
Desafinada, a seleção só ameaçava quando Luís Fabiano pegava na bola. Aos 32, o Fabuloso bateu com perigo, para fora. Um minuto depois, o atacante do Sevilla cabeceou firme, por cima do gol. Já aos 39 ele caiu na área pedindo pênalti, mas o árbitro nada marcou. A Venezuela ameaçava e quase abriu o placar aos 44 minutos, em cabeçada de Boadas que Julio Cesar se esticou todo para defender.
A seleção brasileira voltou com mais vontade para o segundo tempo. Logo aos 7 minutos, Gilberto Silva cabeceou na trave. Mas, aos 10, uma jogada infantil de Miranda prejudicou muito o time comandado por Dunga. O zagueiro deu uma cotovelada e acabou expulso. Mesmo com um a menos, o Brasil tentou pressionar, mas sem nenhuma inspiração.
As primeiras cartadas de Dunga em busca da vitória foram dadas apenas aos 30 minutos do segundo tempo. Alex e Elano entraram nas vagas de Filipe Luis e Ramires. Logo depois, Diego Tardelli ganhou a vaga de Luís Fabiano. Mas não adiantou.
Apático, o Brasil continuou errando passes. No fim, Kaká ainda mandou uma bola na trave. Mas o Brasil encerrou as eliminatórias decepcionando a torcida de Campo Grande. Final: 0 a 0.
GILBERTO SILVA, LUIS FABIANO E SANDRO, DURANTE O DESCRONTRAÍDO TREINO DE ONTEM NO MORENÃO
A Seleção Brasileira entra em campo pela última vez no País antes da Copa do Mundo de 2010 na noite de hoje. O adversário será a Venezuela às 19h (de Brasília), no Estádio Morenão, em Campo Grande, pela rodada final das Eliminatórias.
Será a chance para os jogadores e o técnico Dunga se despedirem do povo, que recuperou a identidade com a camisa amarela após os bons resultados. Na atual temporada, a equipe conquistou a Copa das Confederações e venceu 11 partidas consecutivas, até perder para a Bolívia na altitude de La Paz no último domingo.
Desde os empates com Bolívia e Colômbia no fim do ano passado, no Rio de Janeiro, quando Dunga era alvo de muitas críticas, o cenário virou, e a Seleção foi recebida com muita festa em Brasília, Porto Alegre, Recife, Salvador e Campo Grande.
“É importante a Seleção vir para o Mato Grosso do Sul, onde o esporte não é tão reconhecido”, afirmou o volante Lucas, que deve ser a novidade no meio campo ao lado de Gilberto Silva, Elano e Kaká.
Depois da partida contra a Venezuela, a equipe fará ainda três jogos até o Mundial da África do Sul. Em novembro, dia 14, o adversário será a Inglaterra no Catar. Dia 18, o rival e local ainda não estão definidos.
A Seleção fecha os testes em março de 2010, provavelmente na Europa. Na segunda quinzena de maio, se apresenta e inicia os treinos para a Copa. A primeira etapa da concentração pode até acontecer na Granja Comary, em Teresópolis.
O duelo de hoje pode fazer a Seleção quebrar um recorde. Se vencer, a equipe atingirá a melhor campanha nas Eliminatórias desde a criação do sistema atual, de pontos corridos. O Brasil tem 33 pontos ao lado do Paraguai, mas leva vantagem no saldo de gols (22 a 10).
Na preparação para a Copa de 2006, na Alemanha, a Seleção somou 34 pontos e terminou empatada com a Argentina. Quatro anos antes, a classificação veio apenas na última rodada e o Brasil fez 30 pontos (a Argentina foi a primeira colocada, com 43).
Para tentar superar a marca, Dunga deve mandar a campo o time mais próximo do que considera titular. “A minha forma de trabalhar é manter uma estrutura, uma espinha dorsal e ir colocando outros jogadores”, afirmou. Pela proximidade do Mundial, é isso que deve acontecer.
O técnico não pode contar com Lúcio e Juan, machucados. Os zagueiros serão substituídos por Miranda e Luisão. Felipe Melo, suspenso, cede lugar a Lucas. E no ataque, Nilmar continua na vaga do lesionado Robinho.
No segundo tempo, Dunga pode fazer uma série de testes. O goleiro Victor, o volante Sandro e o meio campista Diego Souza devem ganhar uma chance, já que não serão convocados para os jogos de novembro por disputarem a reta final do Brasileiro por seus clubes.
Ficha Técnica:
Brasil x Venezuela
Brasil: Júlio César, Maicon, Luisão, Miranda e André Santos; Gilberto Silva, Lucas, Elano (Ramires) e Kaká; Nilmar e Luís Fabiano; Técnico: Dunga
Venezuela: Vega, Chacon, Rey, Vizcarrondo e Boada; Di Giorgi, Lucena, Rincón e Arango; Rondón e Maldonado; Técnico: César Farías
Data: 14/10/09 Horário: 19h (de Brasília) Local: Estádio Morenão, em Campo Grande (MS) Arbitragem: Victor Carrillo, auxiliados por César Escano e Luis Abaddie, todos do Peru.
Homenagem da Líbia ao presidente Hugo Chaves é vista com reserva pela imprensa esportiva
Um novo estádio de futebol em Benghazi, no leste da Líbia, foi inaugurado ontem com o nome do presidente venezuelano, Hugo Chávez, em uma homenagem a seu “programa revolucionário”, segundo a imprensa local.
O nome de Chávez foi escolhido para o local como “reconhecimento a seu programa revolucionário na Venezuela e a seu papel no futuro sul-americano”, de acordo com a agência oficial Jana.
Com capacidade para 11 mil espectadores, o estádio será uma das sedes da Copa da África de Nações de 2014, segundo Mohamed, filho do dirigente líbio Muammar Kadhafi.
O presidente venezuelano, que tem boas relações com a Líbia, recebeu em 2005 o “prêmio Kadhafi de direitos humanos”.