Dunga não concorda com os números e diz que ano foi bom
Um ano de feitos. Mas a grande parte deles negativos. Assim será lembrado o 2008 do técnico Dunga à frente da seleção brasileira. O empate por 0 a 0 contra a Colômbia, nessa quarta-feira, consolidou aquela que é a pior temporada do gaúcho.
A equipe disputou dez partidas com a seleção principal na temporada, e só venceu metade delas, com três empates e duas derrotas. Em 2007, o Brasil obteve 11 triunfos em 18 jogos (61,1%), que já havia sido abaixo da performance no ano anterior: 5 êxitos em 6 compromissos (83,3%). Nem um triunfo sobre Portugal, em amistoso a ser realizado em 19 de novembro, reverterá este quadro.
O ataque também está decepcionando na atual temporada, com apenas 12 gols, uma média de 1,2 por partida, bem atrás do que foi alcançado em 2007 (2,1 gols, com 38 tentos) e 2006 (2,3 gols, com 14 tentos). O único item em que Dunga apresenta resultados melhores que outros anos é na defesa, responsável aliás por um dos feitos positivos do treinador na temporada.
O Brasil não sofre gols há cinco partidas nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo, feito que jamais obteve na história. Além disso, Dunga obteve dois triunfos seguidos fora de casa na competição, o que o país ainda não tinha alcançado no formato de pontos corridos.
Porém, a temporada está recheada de recordes negativos. Com a igualdade, o Brasil amargou pela primeira vez uma série de três jogos como mandante nas eliminatórias sem marcar gols e vencer, já que empatou por 0 a 0 com Colômbia, Bolívia e Argentina. Até hoje, o máximo que o país conseguira fora dois empates em 1985 (1 a 1 diante de Paraguai e Bolívia).