Alex reclama da substituição mas jogou pouco para ficar até o final
O meia Alex, que foi substituído no segundo tempo da final da Sul-Americana, competição que o Internacional conquistou na última quarta-feira, comentou que ainda está chateado com o técnico Tite.No entanto, a decepção por ter sido substituído durou somente até o gol salvador de Nilmar, na prorrogação.
– Com o Tite fiquei bravo na hora e estou bravo até agora (risos). Não tem como não ficar, era final. Mas depois do gol, nos abraçamos e ficou tudo bem – disse ao canal SporTV.
O gol de Nilmar transformou o Internacional no primeiro clube brasileiro a conquistar a Sul-Americana. E Alex reconhece que, mais uma vez, o Camisa 9 foi determinante em uma partida.
– Tudo estava desenhado para ir para os pênaltis, mas graças a Deus temos o Nilmar, que mais uma vez nos salvou – disse ao canal SporTV.
Alex foi o autor do gol da vitória na partida de Buenos Aires
O Inter fará história se vencer a Copa Sul-Americana. Será o primeiro clube brasileiro a conquistar a competição e, como conseqüência, poderá se orgulhar de ser o único no país a ganhar todos os torneios continentais. Mas o ineditismo vermelho pode ultrapassar as barreiras nacionais. Até agora, nenhum clube conseguiu vencer o torneio de forma invicta. O clube gaúcho está quase lá.
A Sul-Americana existe desde 2002. Na primeira edição, o campeão foi o San Lorenzo, da Argentina, que acumulou três fracassos ao longo da disputa: 3 a 0 para o Managas (VEN), 2 a 0 para o Racing (ARG) e 2 a 1 para o Bolívar (BOL). Um ano depois, o título ficou com os peruanos do Cienciano, que tiveram apenas uma derrota — 3 a 1 para o Universidad Católica, do Chile.
Em 2004, o Boca Juniors conquistou o torneio pela primeira vez, mas levou sustos. Foram duas derrotas, para San Lorenzo e Bolívar, ambas por 1 a 0. No ano seguinte, os argentinos conquistaram o bi da Sul-Americana, mas não passaram ilesos. Perderam um jogo, e justamente para o Inter: 1 a 0 no Beira-Rio, gol de Fernandão.
O Pachuca, do México, foi o ganhador em 2006. O time que depois perderia a Recopa para o Inter sofreu apenas uma derrota. O algoz foi o Tolima, da Colômbia, com placar de 2 a 1. No ano passado, foi a vez de o Arsenal, da Argentina, fazer a festa. O time de Sarandí fez grande campanha, com uma única derrota. Os argentinos levaram 2 a 1 América, do México, justamente no último jogo.
O Inter disputou nove partidas na edição deste ano. Empatou as quatro primeiras (1 a 1 e 2 a 2 com o Grêmio, 1 a 1 e 0 a 0 com o Universidad Católica) e venceu as cinco seguintes (2 a 0 e 2 a 1 no Boca, 2 a 0 e 4 a 0 no Chivas e 1 a 0 no Estudiantes). Agora, joga por um empate nesta quarta-feira, no Beira-Rio, para fazer história.
Bem ao estilo aguerrido de uma equipe argentina, o Internacional voltou a ser um visitante indigesto e ficou muito próximo de dar ao Brasil o primeiro título da Copa Sul-Americana ao ganhar do Estudiantes por 1 a 0, na noite de quarta-feira, em La Plata, com um atleta a menos desde a metade da etapa inicial. O time gaúcho pode até empatar o duelo de volta, na próxima semana, em Porto Alegre, que ficará com a taça da competição continental.
Assim como fez diante de Boca Juniors, em plena La Bombonera, e do Chivas, no México, o Inter se impôs desde o início e foram raros os momentos em que não foi superior. O time de Tite só se descontrolou quando o volante Guiñazu recebeu vermelho por entrada dura em Verón. Mesmo assim, soube lidar com a desvantagem e voltou a apostar nos rápidos toques de bola para chamar os “hermanos” para cima.
Além de ficar a um empate do título da Sul-Americana, o Internacional manteve a sua invencibilidade no torneio continental e encerrou com a série invicta do Estudiantes em partidas diante de sua torcida. A equipe de La Plata ostentava 43 partidas sem sofrer nenhum revés como mandante (eram 33 vitórias e dez empates).
