“Vai esperar morrer alguém?”: CEO do Fortaleza defende que time só jogue após punição
   24 de fevereiro de 2024   │     12:00  │  0

Marcelo Paz, Fortaleza — Foto: Thiago Gadelha/SVM

Marcelo Paz, Fortaleza — (Foto: Thiago Gadelha/SVM)

Marcelo Paz diz que ataque em Recife contra delegação foi “ato premeditado”.

O Fortaleza desembarcou ontem na capital cearense após o ataque contra a delegação tricolor em Recife. Depois do empate contra o Sport, pela Copa do Nordeste, o ônibus do Leão foi atacado com pedras, e seis jogadores ficaram feridos.

No desembarque, o CEO do clube, Marcelo Paz, classificou o ato como “premeditado” e disse que o time só deveria voltar a jogar após os responsáveis serem punidos.

– A gente estava trabalhando, não teve hostilidade no jogo e depois aconteceu isso. O Fortaleza só deveria voltar a jogar quando estivesse com os jogadores recuperados, até para dar exemplo. Nossos médicos vão nas casas dos jogadores, porque hoje é dia de descanso. As pessoas que fizeram aquilo não podem passar impunes – cravou o CEO.

– Saímos do jogo e, para quem não conhece, a Arena Pernambuco é distante de Recife. Vimos o movimento de torcedores do Sport com camisa amarela e de repente o impacto e jogadores gritando. Vi o Sasha ferido e sangrando, terror, não sabíamos o que tinha acontecido. Tinha uma viatura e seis motos, mas não foi suficiente. Para mim foi um ato premeditado – completou.

Marcelo falou ainda sobre os jogadores feridos. Ao todo, seis atletas precisaram ser levados ao hospital: João Ricardo, Escobar, Titi, Brítez, Lucas Sasha e Dudu. Os casos de João Ricardo e Escobar foram os mais graves.

– A nossa preocupação inicial foi de socorrer os ferimentos. O Escobar foi quem mais se lesionou, fomos para o hospital, fazer B.O. Acho importante falar que o João Ricardo está com seis pontos na cabeça. O Escobar está com 13 pontos e trauma cranioencefálico. O Fortaleza não tem condições de jogar, só pode voltar a jogar quando esses atletas estiverem recuperados. Tem que punir, tem que ter uma reação de verdade, não nota de repudio.

– Tinha uma bomba caseira. Foram seis jogadores lesionados e uma bomba caseira premeditada. Se uma pessoa normal jogasse uma bomba em um ônibus, ela seria presa. Por que um bandido faz isso com um time de futebol e não é preso? – finalizou.

O Fortaleza desembarcou com a delegação na manhã de ontem. O Leão do Pici volta a campo na Copa do Brasil na próxima quinta-feira, contra o Fluminense-PI no Lindolfo Monteiro às 20h.

Arivaldo Maia com Beatriz Carvalho, Caio Ricard, Juscelino Filho e Thaís Jorge – Redação do ge – Fortaleza, CE