‘Campeões esquecidos’ do Carioca lutam por reconhecimento de títulos após sucesso no São Cristóvão
   29 de janeiro de 2024   │     15:00  │  0

Os 'campeões esquecidos' do futebol carioca — Foto: Editoria de Arte

Os ‘campeões esquecidos’ do futebol carioca — (Foto: Editoria de Arte)

Seis clubes que venceram os torneios da LMDT entre 1925 e 1932 aguardam uma moção ser aprovada na Câmara para reivindicar à Ferj, enquanto o Cadete teve o título de 1937 homologado.

No fim do ano passado, o São Cristóvão conseguiu a oficialização do título carioca de 1937, concluindo um processo que tramitou por cerca de um ano nos bastidores da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) e deu o bicampeonato estadual ao clube da Zona Norte.

Após 86 anos em que esta parte da história foi deixada de lado, o Cadete pode ter puxado a fila em definitivo para que outros seis clubes consigam este importante reconhecimento.

A Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT) organizava o campeonato oficialmente entre 1917 e 1923. Naquele último ano, o Vasco conquistou o torneio com uma equipe que contava com jogadores negros e operários, o que levou os clubes da elite a fundarem a Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA).

O cruz-maltino ficou na LMDT e a venceu em 1924 — título reconhecido —, mas se transferiu no ano seguinte. Só que o torneio seguiu existindo. De 1925 a 1932, quando o profissionalismo se estabeleceu no futebol brasileiro, seis clubes faturaram a LMDT.

O título do São Cristóvão veio em outro contexto, em uma temporada onde o Carioca ainda vivia uma cisão por conta da briga pelo modelo amador, e o clube venceu a liga que era considerada profissional, organizada pela Federação Metropolitana de Desportos (FMD). Porém, uma conciliação no meio do caminho ignorou o título e terminou com um torneio onde o Fluminense foi campeão.

Seis clubes do futebol carioca esperam o reconhecimentos de seus títulos estaduais nos anos 1920 e 1930Seis clubes do futebol carioca esperam o reconhecimentos de seus títulos estaduais nos anos 1920 e 1930 — (Foto: Editoria de Arte)

Arivaldo Maia com Davi Ferreira – Redação do EXTRA – Rio de Janeiro