Petraglia é a maior referência do Athletico/PR
Presidente do Athletico aponta que clube está custando cerca de R$ 2,5 bilhões.
— O Athletico ficou muito grande.
É a frase que define o pensamento de Mário Celso Petraglia sobre o momento do Athletico. Presidente do clube, ele agora tem a transformação em SAF (Sociedade Anônima do Futebol) como uma possível última missão como mandatário do Furacão.
Ao tentar medir o tamanho do Athletico, Petraglia elenca alguns pontos importantes: a ausência de dívidas, a estrutura do estádio e do centro de treinamento e também a forma como o clube tem negociado jogadores. O principal exemplo é a venda de Vitor Roque para o Barcelona, uma das maiores do futebol brasileiro, com 74 milhões de euros no total (entre fixo, bônus e impostos).
— Com a venda de alguns jogadores, e principalmente do Vitor Roque, nós devemos faturar mais de 800 milhões de reais neste ano. É uma empresa, de médio para grande porte. Temos quase 600 colaboradores somando os atletas – lembra Petraglia.
— Não temos dívida nenhuma, temos dinheiro em caixa, a melhor infraestrutura da América Latina, o melhor centro de treinamento e o melhor estádio – pagos, propriedade do clube – reforça.
Polêmico e visionário, Petraglia chamou o modelo associativo, padrão em diversos clubes no Brasil, de “fracassado”. Com isso, o presidente quer um parceiro disposto à investir, e espera que o investimento também renda resultados esportivos. Petraglia disse ao ge que o Athletico está à venda porque bateu no teto.
— O nosso projeto ficou muito caro justamente porque não temos endividamento. Os outros clubes venderam, como o nosso parceiro da cidade, 90% dos seus direitos. É muita coisa. Assim foi no Atlético-MG, no Botafogo. O Botafogo parecia que ganharia o Campeonato Brasileiro mas não tem ainda condições de concorrer. Dentro das nossas filosofias, das nossas políticas e das nossas estratégias, nós não faremos essas loucuras. Vamos buscar condições para mudar de patamar – explica Petraglia.
— Vamos fazer uma SAF que nos dê condições de competirmos com os maiores clubes das Américas – projeta.
No ano passado, o Athletico apresentou um lucro de R$ 47,6 milhões em caixa e teve superávit pela nona vez seguida. Para 2024, além de continuar gerindo o clube de forma empresarial e buscar um investidor, Petraglia quer um time competitivo para o futebol. O planejamento da próxima temporada vai começar pela contratação de um novo CEO geral, um diretor de futebol e um novo técnico.
Arivaldo Maia com Raylane Martins – Redação do ge – Curitiba