Diego Costa domina a bola durante a derrota do Botafogo para o Grêmio — (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

Brasileirão agora tem três times na frente com 59 pontos; alvinegros ainda lideram pelos critérios de desempate.

Um filme de terror sendo passado repetidas vezes. É o que virou o segundo turno do Brasileiro para o Botafogo. Rodada após rodada, o sofrimento é o mesmo. E, após mais uma derrota por 4 a 3, agora para o Grêmio, o time vê mais um rival se igualar em pontos. O título fica cada vez mais difícil.

A torcida, por sua vez, perdeu totalmente a paciência, como ficou claro pelos gritos de “sem vergonha” no fim da partida. Até jogadores que antes eram exaltados, como o goleiro Lucas Perri, foram vaiados.

Liderado por Suárez, que marcou três gols em São Januário, o Grêmio se juntou ao Palmeiras e ao próprio Botafogo com 59 pontos. Os alvinegros seguem na ponta por terem melhor saldo que os gaúchos e mais vitórias que os paulistas. Mas parece sem forças para se manter lá por muito mais tempo. No próximo domingo, visita o Bragantino para tentar acabar com a sequência de quatro derrotas e cinco jogos sem vitória.

O Botafogo começou impondo uma alta intensidade e pareceu que teria facilidade no jogo. Nos primeiros cinco minutos, até o gol de Diego Costa, controlou o jogo e não deixou o Grêmio jogar. Foi premiado com a boa jogada do seu centroavante, que dominou bola levantada por Hugo nas costas de Reinaldo e finalizou entre as pernas do goleiro Grano.

Só a partir daí o Grêmio acordou para a partida. E só precisou de três minutos para empatar. Everton Galdino passou por entre Cuesta e Hugo para deixar tudo igual.

Estes primeiros minutos serviram para resumir o Botafogo na partida de ontem: perigoso na frente, mas muito com muitas falhas atrás.

No embalo das boas atuações de Marlon Freitas, Junior Santos e Diego Costa, o time voltou a estar na frente e até ampliou. Aos 28, o camisa 37 aproveitou rebote de Grando em novo chute perigoso do centroavante e devolveu a vantagem no placar para o Botafogo.

Na volta do intervalo, já no primeiro minuto, foi a vez de Marlon Freitas ampliar. Ele iniciou a jogada com Di Placido e infiltrou para receber de volta e concluir de primeira.

Festa em São Januário e a sensação na torcida de que o drama enfim ficou para trás. Só esqueceram de combinar com a defesa alvinegra.

A entrada de Ferreirinha na etapa final clareou o ataque gremista, instável no primeiro tempo. Era o que Suárez precisava para brilhar. O uruguaio só precisou de 19 minutos para mudar o cenário.

Aos 4, ele recebeu de Ferreira totalmente livre de marcação e fuzilou o gol de Perri. Aos 8, nas costas da marcação, recebeu um belo passe de Ferreira e não perdoou. Por fim, aos 23, tabelou com Villasanti na entrada da área e concluiu na saída do goleiro alvinegro. Mais um show do uruguaio. Para os alvinegros, um pesadelo sem fim.

Arivaldo Maia com Redação do EXTRA

 

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