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Lamentável: Tomas Bastos, meia do CSA, disse ao árbitro que foi vítima de injúria racial — (Foto: Morgana Oliveira/ASCOM CSA)
Árbitro da partida registra o caso na súmula da partida: “Fui informado pelo atleta que ele havia sido chamado de macaco por uma torcedora do Ypiranga”.
O jogo entre Ypiranga e CSA, válido pela Série C do Brasileiro, foi marcado por uma denúncia de injúria racial. Árbitro da partida, o catarinense Luiz Augusto Silveira Tisne escreveu na súmula que o meia Tomas Bastos, do time alagoano, lhe disse que foi chamado de macaco por uma torcedora do Ypiranga. Houve, inclusive, registro de um boletim de ocorrência após o jogo, disputado ontem no Estádio Colosso da Lagoa, em Erechim/RS.
Luiz paralisou o jogo por dois minutos, mobilizou a polícia e depois a torcedora e um homem que a acompanhava foram retirados do estádio. O árbitro detalhou o caso na súmula da partida.
– Aos 37 minutos do primeiro tempo, fui informado pelo atleta de nº 08, o sr. Tomas Almino Bastos da Silva, da equipe do CSA, que ele havia sido chamado de macaco por uma torcedora do Ypiranga, localizada na arquibancada próxima à torcida organizada. De acordo com o atleta, a torcedora proferiu a seguinte frase: “Vai logo, macaco”, quando este estava buscando a bola perto da arquibancada para cobrar o escanteio – relatou o árbitro, e prosseguiu:
– O jogo ficou paralisado por 02 minutos para identificação da torcedora pela brigada militar e pelo atleta do CSA. Foi realizado boletim de ocorrência policial, sob número 4935 / 2023 / 151306. Relato que nenhum integrante da equipe de arbitragem ouviu o insulto e que o jogo foi paralisado, em função da reclamação do atleta. Nada mais a relatar – escreveu Luiz Tisne.
O CSA e o Ypiranga ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso.
Arivaldo Maia com Redação do ge – Alagoas
