Fluminense 2023 mostra credenciais do “Dinizismo” para a América em atropelo histórico
   4 de maio de 2023   │     4:30  │  0

Fluminense x River Plate — Foto: André Durão

Fluminense 5 x 1 River Plate — (Foto: André Durão)

Flu massacra River Plate em noite de gringos e faz torcedor sonhar acordado no Maracanã.

Experimente dizer para o torcedor tricolor que a noite do dia 2 de maio de 2023 “foi só” uma noite de rodada de fase de grupos da Libertadores. Ou que o Fluminense de Fernando Diniz ainda “não ganhou nada” (tentando menosprezar a conquista do Campeonato Carioca).

Ouse afirmar para o torcedor tricolor que desceu as rampas do Maracanã cantando “seremos campeões” a plenos pulmões, na noite da última terça-feira, que o importante é o fim e não a trajetória. Ou se mais incisivo na busca de tirar um sorriso de um rosto tricolor nesta quarta-feira, que ainda é muito cedo para festejar e até mesmo se iludir.

Massacre. Atropelo. Amasso. Denomine como preferir. O torcedor que esteve no Maracanã para apoiar o time pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores jamais vai esquecer do que viveu ali.

Massacre. Atropelo. Amasso. Denomine como preferir. O torcedor que esteve no Maracanã para apoiar o time pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores jamais vai esquecer do que viveu ali.

Em uma noite em que a equipe do técnico Martín Demichelis avançou as linhas para tentar impedir o jogo de imposição, distribuiu pontapés para amarrar, ameaçar e incomodar, o Dinizismo pediu passagem na América.

Apresentou credenciais. Mostrou o que é um “caos perfeito”. Coroou Germán Cano diante dos seus “hermanos”. Deu ares de herói renascido para Arias e aplicou a maior derrota na Libertadores que um dos gigantes do continente já sofreu.

Realmente, ainda é cedo para especular. Premeditar. Projetar. Cravar. Ainda mais em uma cultura onde só se premia o primeiro lugar. Mas quem está vivendo tudo isto sabe que é praticamente impossível não se curvar, não exaltar e até mesmo admirar. É prazeroso ver esse time jogar.

Em um primeiro tempo amarrado, por vezes truncado, em que Germán Cano abriu o placar com um golaço em cima de três marcadores, o River Plate empatou o jogo com Beltrán após falha defensiva de Arias.

Até ali tudo corria dentro da normalidade no Maracanã. Jogo difícil e parelho de Libertadores entre dois times grandes que poderiam definir o líder do Grupo D.

Foi o tipo de partida que o torcedor guarda o ingresso. Conta para todos que estava lá. Que ele não quer que acabe, que se faz perdurar. Momentos que não há como apagar.

Pode ser que no dia 4 de novembro, no mesmo Maracanã, a história resolva coroar outro time, outra conduta, outro campeão. Que a conquista não vá para as Laranjeiras. O futebol, por vezes, tem disso. O começo pode não determinar o fim.

Autor de hat-trick no 5 a 1 sobre o River Plate, artilheiro tricolor levou a bola do jogo autografada para casa e foi até perguntado pela imprensa argentina sobre quanto custa o seu “passe”.

Arivaldo Maia com Redação do ge – Rio de Janeiro