Às vésperas da decisão da vaga na final do Campeonato Carioca, Vasco e Flamengo finalmente começam a conhecer um pouco da realidade do outro em 2023. A palavra “crise”, tão recorrente no léxico recente dos atuais campeões da Libertadores, deixou, em parte, o Ninho do Urubu e bateu à porta do CT Moacyr Barbosa.
No caminho, cruzou com a tranquilidade, que fez o sentido contrário, saiu do centro de treinamento vascaíno rumo à casa do futebol rubro-negro.
A vitória do Flamengo na partida de ida da semifinal, por 3 a 2, começou a mudar o status dos rivais. Ela deu a vantagem do empate e, principalmente, o respiro que o técnico Vítor Pereira não teve desde a derrota para o Palmeiras, que custou o título da Supercopa do Brasil, dia 28 de janeiro.
Com a semana livre para treinar, o português pôde aprimorar a formação com três zagueiros, principal mudança que tenta implementar na equipe desde sua chegada. Está tendo também a chance de azeitar o funcionamento do ataque, cada vez mais construído sem a simbólica presença de Everton Ribeiro, um dos pilares da atual era vitoriosa do Flamengo, iniciada em 2019.
Descansado, pôde assistir à eliminação do Vasco ainda na segunda fase da Copa do Brasil, para o ABC, em São Januário, nos pênaltis. Um resultado com contornos muito semelhantes à decepção que o rubro-negro teve na Recopa Sul-Americana, quando perdeu o título para o Independiente del Valle (EQU), também nas penalidades, no Maracanã. A decepção não tem um mês, mas já esfriou na memória.
Arivaldo Maia com EXTRA