Time não se acerta, mantém-se irregular e fica para trás na competição.
Cuca substituiu Antonio Mohamed no comando do Atlético-MG com aprovação geral da torcida do Galo. Criou-se a expectativa com a mudança de que o time voltaria a ter atuações de destaque, como fazia até dois meses atrás. Mas, o início do trabalho do novo técnico mostrou o contrário. Tudo bem que é cedo ainda – só dirigiu o Galo uma vez, nessa sua terceira passagem pelo clube. Mas, com uma sequência de tropeços, o time vai vendo o novo título do Brasileirão cada vez mais distante.
A derrota por 3 a 0 para o Internacional, no Sul, nesse domingo (31), pela 20ª rodada do Brasileirão, foi mais um exemplo de como a equipe perdeu o rumo ultimamente. São erros seguidos, apatia em campo de alguns jogadores, que parecem esgotados fisicamente, e um futebol que não condiz com o nível de excelência obtido pelo Atlético-MG em 2021, quando quebrou jejum de meio século ao vencer a competição.
Essa queda de rendimento do Galo tem muito a ver também com o desempenho ruim de seus principais jogadores: Hulk, Nacho Fernández e Guilherme Arana. O lateral não consegue repetir nem metade do que vinha fazendo rotineiramente, o que o credenciou a ter boas chances de seguir com a Seleção para o Mundial do Catar, no final do ano.
Hulk completou cinco partidas sem fazer gol. Tem errado bastante nas finalizações e é um dos que acusam com mais intensidade os efeitos da temporada entre todos do Atlético-MG. Nacho Fernández também dá sinais de que sofre o mesmo baque.
Com a Libertadores em jogo, em dois duelos com o Palmeiras pelas quartas de final, o Atlético-MG corre sério risco de fechar o segundo semestre sem nenhum título. Além disso, precisa garantir vaga à próxima Libertadores via Brasileirão, sem depender do que vier a acontecer na atual disputa do torneio continental. Aí reside um problema: hoje ocupa apenas a sétima posição na tabela, com 32 pontos, dez a menos que o líder Palmeiras.
Arivaldo Maia com Silvio Barsetti – – Terra Esportes