Justiça bloqueia parte da arrecadação do Atlético/MG
   5 de janeiro de 2022   │     19:30  │  0

A decisão é do juiz Carlos Aleksander Goldman, da 39ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, e foi juntada aos autos do processo de execução na terça-feira (4). Esta é apenas uma das cerca de 24 ações que o empresário move contra o Atlético, envolvendo 16 atletas e o técnico Rafael Dudamel. Hoje, no cálculo de Cury, a dívida bate a casa dos R$ 52 milhões.

Atlético-MG terminou 2021 campeão brasileiro e da Copa do Brasil — Foto: Pedro Vilela; getty

Atlético-MG terminou 2021 campeão brasileiro e da Copa do Brasil — Foto: Pedro Vilela; getty

O valor a ser recolhido no caso em questão, envolvendo Di Santo, é de R$ 1.441.337,56, pela da cessão de créditos feita pelo atacante à empresa de Cury, Link Assessoria, quando o argentino foi contratado pelo Galo. O Atlético foi condenado a pagar o débito em primeira instância, mas questiona os valores e o processo segue correndo na Justiça.

Recentemente, no dia 15 de dezembro, o Atlético teve julgado improcedente seus embargos à execução, que ajuizou para se defender no caso.

Para seguir a discussão sobre o débito em aberto, o clube chegou a oferecer o Clube Labareda – avaliado em R$ 35 milhões – como bem imóvel garantia, mas o pedido foi negado tanto pela parte autora quanto pelo juízo, que entendeu que o imóvel não está completamente disponível ao Atlético em razão de outras penhoras sofridas pelo não pagamento de débitos tributários.

Houve também sinalização de ofertar seguro garantia em R$ 658.779,61 – também rejeitada pela parte autora. Sem as garantias, então, o juiz Carlos Goldman determinou nessa terça que parte da premiação pelos títulos de 2021 seja constrita, e intimou a CBF a recolher a quantia em uma conta judicial.

Atlético diz que já recebeu prêmios

Procurado pelo ge, porém, o vice-presidente do Atlético, Dr. José Murilo Procópio, afirmou que o clube já recebeu todos os valores referentes a premiações pelo desempenho em 2021 (R$ 145 milhões no total, sendo R$ 104,1 pelas campanhas no Brasileiro e Copa do Brasil).

Vice-presidente do Galo, José Murilo Procópio, à direita do presidente Sérgio Coelho — Foto: Pedro Souza/ Atlético-MG

Vice-presidente do Galo, José Murilo Procópio, à direita do presidente Sérgio Coelho — Foto: Pedro Souza/ Atlético-MG

Para ter parte do prêmio bloqueado, portanto, seria necessária uma nova determinação judicial que exigisse diretamente do Atlético tal valor (R$ 1,4 milhão).

Procópio disse ainda que o clube deve entrar com um agravo de instrumento, um recurso próprio visando manter a garantia inicialmente oferecida (ou seja, o Clube Labareda).

 Blog com ge – Rio de Janeiro