Após presidente afastado ter comprado avião, CBF muda regras para compras superiores a R$ 5 milhões
   3 de julho de 2021   │     3:00  │  0

Aquisições vão precisar de aval das Comissão de Finanças, Orçamentos e Patrocínios, além de assinatura de diretor responsável da área que deseja fazer a compra.

Após a compra de um avião por mais de R$ 70 milhões feita por Rogério Caboclo dias antes de ser afastado da presidência da CBF, a entidade mudou suas regras sobre comprar milionária. O presidente em exercício, Coronel Nunes, publicou uma resolução em que determina que compras com valores maiores a R$ 5 milhões passem por uma comissão.

A comissão que deverá dar o parecer favorável ou não é a de Finanças, Orçamentos e Patrocínios. No entanto, antes da avaliação, o diretor responsável pela área que deseja realizar a aquisição, terá que assinar um parecer explicando e permitindo a compra.

De acordo com uma nota divulgada por Caboclo, “o contrato foi aprovado e assinado pelos diretores jurídico da CBF, Luiz Felipe Santoro, e financeiro, Gilnei Botrel. Sem essas assinaturas o negócio jamais poderia ter sido fechado. Foi Gilnei Botrel que recomendou e realizou o pagamento imediato naquela data”.

O QUE DIZ A CBF

A CBF respondeu dizendo que “a aquisição da aeronave foi um desejo particular do presidente afastado Rogério Caboclo, que negociou pessoalmente a aquisição e determinou o fechamento do negócio nos termos acordados por ele com o proprietário”. A entidade informou também que a “assinatura de contratos e o pagamento ocorreram seguindo decisão da Presidência, não tendo havido por parte da Diretoria Financeira qualquer recomendação quanto à data”.

A nota enviada pela CBF alega ainda que “os documentos foram assinados pelos diretores das áreas envolvidas por não existir ilegalidade na operação e por haver disponibilidade de recursos em caixa, embora ambos tenham alertado ao presidente que não era o momento propício para efetivar o negócio”. E finalizou informando que “a aeronave já foi negociada por preço igual ao de compra, não restando prejuízo financeiro à entidade”.

Blog com Athos Moura – O GLOBO