Goleiro Ivan relembra infância e início de carreira: “Meu sonho era ter uma mesa de jantar”
   14 de junho de 2021   │     23:55  │  0

Ivan durante treinamento na Ponte Preta — Foto: Diego Almeida/ PontePress

Ivan durante treinamento na Ponte Preta – (Foto: Diego Almeida/ PontePress)

Jogador contou também como chegou à Macaca depois de passar pelo rival Guarani.

Cada vez mais perto de retornar aos gramados, o goleiro Ivan foi o escolhido para estrear uma série produzida pela própria Ponte Preta para contar a história de jogadores formados no clube.

O goleiro, que se recupera de uma cirurgia para corrigir uma lesão ligamentar no punho direito, está sem atuar desde o fim de outubro de 2020. É a primeira vez que fica tanto tempo afastado, desde que chegou ao Moisés Lucarelli.

A chegada ao clube aconteceu em 2013, aos 16 anos, mas a história de Ivan com a bola começa lá na infância, quando brincava com os amigos e primos.

– E eu lembro que eu sempre gostava de jogar no gol. Até gostava de ir na linha, mas quando eu ia no gol, me sentia bem, não tinha medo de pular, de se machucar. Foi ali que eu vi que eu poderia sonhar e, por que não, ser um jogador profissional? Foi mais ou menos com uns 13 anos de idade que eu comecei a treinar em uma escolinha de futebol, como goleiro.

Apesar de nunca ter passado necessidade, a família de Ivan, de origem humilde, também não podia esbanjar e vivia uma vida simples, que despertou um sonho no jovem goleiro.

‘Quando mais jovem, a gente não tinha muita fartura, muito tudo. Desde quando era mais jovem, o meu sonho era ter uma mesa de jantar para a gente comer, sentar com a família. Mas a minha casa não tinha. E eu lembro que, quando eu cheguei no meu primeiro clube, quando a gente chegou no restaurante para comer, aí eu vi todo mundo do meu lado, pegou o prato, serviu e colocou na bandeja, e todo mundo estava com garfo e faca. É normal, só que eu nunca tinha comido daquele jeito. Em casa foi sempre com a colher. Aí eu tive uma coisa nova, que eu tive que aprender.’

— Ivan

Natural de Piracicaba, Ivan tinha que pedalar cerca de 14 km todos os dias para poder treinar na sua primeira escolinha, em Rio das Pedras, já que os pais não tinham dinheiro para a condução de ida e volta três ou quatro vezes por semana, diz o goleiro que teve passagem também pelo rival Guarani.

– Eu falo que todo meu DNA é ponte-pretano, porque aqui que eu me enraizei, que eu realmente virei um ponte-pretano. Por estar aqui no dia a dia, de conhecer a história, de conhecer o torcedor e tudo o mais, a gente acaba criando raízes. É por isso que eu falo, meu DNA é ponte-pretano, sangue de macaco e é isso aí – completa o jogador.

Blog com Redação do ge – Campinas