Rogério Ceni deixou legado de glórias no Fortaleza
   14 de novembro de 2020   │     23:00  │  0

 

Na temporada, o Fortaleza se sagrou bicampeão cearense em 2020
(Foto: Thiago Gadelha / SVM)

 

A relação de quase três anos com o Fortaleza chegou ao fim com um técnico mais fortalecido e um clube atravessando o maior momento da história centenária. Era quase impossível recusar qualquer oferta do Flamengo: o melhor time do Brasil e da América do Sul.

Badalado desde a chegada em novembro de 2017, o ex-goleiro soube se deixar abraçar por uma torcida apaixonada e, jamais, se portou como alguém maior que a equipe que defendia. O Ceni do São Paulo virou também do Fortaleza.

Vitórias: 81
Empates: 33
Derrotas: 39
Gols marcados: 223
Gols sofridos: 133
Campeão da Série B 2018
Campeão Cearense de 2019
Campeão da Copa do Nordeste 2019
Acesso à Série A
Classificação às oitavas da Copa do Brasil
Classificação para Copa Sul-Americana.

O adeus chegava a ser inevitável, assim como o rótulo de maior treinador da história do clube, algo incontestável. Longe de uma relação abalada pela saída, o respeito. Com o profissionalismo apresentando no dia a dia, Ceni apenas provou porque é gigante e, acima de tudo, conseguiu deixar o Leão com dimensões maiores, fruto dos títulos da Série B, Estaduais (2x) e Copa do Nordeste.

É fato: havia medo. Rogério Ceni admitiu. Mas era por reconhecer o tamanho do torcedor. Na saída de campo após a última taça, afirmou: “uma das coisas que mais tenho receio e fico com medo é de não conseguir me despedir disso com a casa cheia. Seria uma tristeza muito grande. Como a gente não sabe como nossa carreira segue, seria a coisa mais triste para mim”.

No fim, o que fica é o discurso: criar um legado. A frase foi dita por Ceni na apresentação e se manteve como máxima até aqui. A imagem é de um homem que se integrou ao jogo com tamanha intensidade, que trouxe o foco ao trabalho. Agradecimento é do futebol cearense.

Um adendo: deixa um Fortaleza bem montado no Brasileirão e que pode caminhar com as próprias forças na competição. O desafio agora é encontrar um substituto à altura para alguém que nunca deixou de fazer história a cada passo que deu no Pici.

Blog com Alexandre Mota/Diário do Nordeste/CE