O Vasco ainda se recuperava da goleada para o Atlético-MG, por 4 a 1, no Mineirão, mas o filme, de terror para a torcida, se repetiu no Pituaçu. Com a vitória de 3 a 0, o Bahia encerrou o jejum em casa, que durava desde 12 de agosto, e acumulou a ‘seca’ dos cariocas, há seis jogos sem vencer e ladeira abaixo no Brasileiro, agora se contar mais com Ramon.
Sem Andrey e Benítez, suspensos, a dificuldade da missão cruzmaltina em Salvador aumentou, e muito. A trinca de volantes formada por Bruno Gomes, Marcos Júnior e Fellipe Bastos, o mais adiantado, foi surpreendida não apenas pela agressiva postura, mas pelo posicionamento adiantado do Bahia. Com dificuldade para se defender, o trio não teve fôlego e categoria para municiar o ataque.
Pelos lados do campo, o Tricolor Baiano fez uma ‘micareta’ na defesa vascaína. Aos nove minutos, Calyson se livrou da marcação de Pikachu e encontrou Rossi, que se antecipou a Henrique para marcar. No segundo gol, Gilberto, outro jogador que passou pela Colina, aproveitou o espaço na ‘Avenida Henrique’ e escorou o cruzamento de Ernando, aos 31.
Mal tecnicamente e atordoado, o Vasco não conseguiu reagir. Antes do fim do primeiro tempo, perdeu Ricardo Graça, machucado, e não evitou o terceiro gol. Aos 45, Calyson aproveitou a ‘assistência’ de Pikachu para aumentar a vantagem.
O papo no vestiário foi pesado e Ramon voltou para o segundo tempo com Carlinhos, Gabriel Pec e Cayo Tenório no lugar de Marcos Júnior, Talles Magno e Vinícius, respectivamente. Confortável no jogo, o Bahia apostou no desespero do visitante para contra-atacar. Um pouco mais organizado, o Cruzmaltino controlou a pressão, mas só levou perigo em dois perigosos chutes de fora da área com Carlinhos e Fellipe Bastos. Muito pouco para o time acostumado à viradas.
Para piorar a situação, Bruno Gomes foi expulso, aos 22, e praticamente sepultou qualquer chance de reação em Salvador. Com uma rodada a menos e Ramon fora, o Vasco precisa urgentemente se reinventar para voltar a aspirar a parte de cima da tabela do Brasileiro. O clássico com o Flamengo, amanhã, em São Januário, já sem contar com o técnico Ramon, promete e pode representar o início da recuperação do clube de São Januário.
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