Sport vence e se livra da queda no Estadual
   1 de agosto de 2020   │     21:00  │  0

Sport e Decisão entraram em campo na tarde deste sábado cientes do peso da partida para o destino das equipes no Pernambucano. Mas logo nos primeiros minutos, o Rubro-negro deixou claro a que veio. Com 15 minutos de relógio, abriu 2 a 0 no placar, com Leandro Barcia e Betinho. Ainda ampliando com o terceiro no fim da primeira etapa, com Elton. As chances da equipe de Bonito, foram poucas e não convertidas. No fim, o Leão saiu vencedor por 3 a 0 e garantiu a permanência na Série A1 do Estadual.

CRISE FINANCEIRA

De volta à Série A em 2020, o Sport tem atualmente o pior cenário entre clubes da elite quando se analisa a capacidade de pagamento sobre as dívidas de curto prazo. O débito representa 3,39 vezes ou 339% – mais do que o triplo, portanto – da receita total do Rubro-negro, na análise sobre as contas de 2019. É o que mostra a 11ª edição do relatório anual do Itaú BBA sobre as finanças de 25 equipes das Séries A e B.

O Sport aparece como líder disparado nessa relação, deixando para trás o segundo colocado, Cruzeiro, que apresenta 244%.

Esse percentual, denominado “alavancagem”, equivale à comparação da dívida de curto prazo (que precisa ser paga dentro de um ano) com as receitas geradas pelos clubes. O relatório explica que os números são colocados dessa forma para que se tenha uma real dimensão do tamanho da dívida, além da maior ou menor dificuldade das equipes para pagá-la.

Neste cenário, o Sport tem, de longe, o caso mais complexo. Para se ter uma ideia do que o número representa, o relatório aponta que dever no curto prazo acima de 0,3 ou 0,4 vezes é “bastante desafiador e depende de entradas de caixa relevantes ao longo do ano para que haja equilíbrio financeiro”. Vale ressaltar, o Rubro-negro deve 3,39 vezes a mais em relação à receita.

Os gráficos dividem os clubes em dois blocos: os que devem além do ideal (acima de 45% das receitas) e os que apresentam certo equilíbrio (abaixo de 45% das receitas).

Após Sport e Cruzeiro na lista, aparecem Botafogo (153%), Vasco (137%) e Atlético-MG (125%).

São os cinco clubes com os piores cenários nesse quesito.

Na relação dos que devem menos, por outro lado, estão equipes tratadas como mais equilibradas nas finanças no futebol brasileiro. Caso de Goiás (3%), Ceará (4%), Fortaleza (17%), Grêmio (25%), Flamengo (27%), Bahia (33%) e Atlético-GO (33%).

Neste ponto, o relatório explica que o objetivo é indicar a tendência do fluxo de caixa dos clubes neste ano e como eles devem se preparar para enfrentar os problemas que se desenham. No Sport, indica um aumento de receitas por conta do acesso à Série A do Brasileiro. Mas ressalta o tamanho da dificuldade que terá pela frente.

“É possível ver um clube em extrema dificuldade, com receitas limitadas, dívidas elevadas e um risco enorme de ficar entre a cruz e a espada: ou gasta (sem poder) para se manter na Série A ou retorna à Série B e mantém as dificuldades.”

– Aliás, dificuldades serão mantidas esteja onde estiver o Sport em 2021, pois o clube entrou num processo de endividamento tão alto e concentrado no curto prazo que fica difícil o clube se recuperar no curto prazo. A realidade do Sport é bastante complicada e demandará mais que boa gestão para se recuperar.

Blog com Globo Esporte