Todo grande clube em seca de títulos tem uma coleção de vexames. Basta olhar para trás.
O Corinthians perdeu para o Botafogo-SP e para o Guarani, em casa, na campanha do décimo-primeiro lugar de 1976. Ou o Botafogo de 1977, já há nove anos sem vencer, perdendo para o Bonsucesso. Ou o Palmeiras precisando só ganhar da Ferroviária e chutando bola na trave, de Aguirregaray, no último minuto do jogo que classificaria para a final contra o Bragantino, se vencesse, em 1990.
O São Paulo vive esta fase, há quinze anos sem vencer o Paulista, doze sem o Brasileiro, oito sem ganhar nada. O defeito do momento é criar e não definir. Contra o Mirassol, finalizou 21 vezes, sete no alvo e fez dois gols. Levou três de um time que chutou quatro vezes.
Não pode!
Não pode perder para o Mirassol, depois de o time do interior ver partirem 18 jogadores, oito titulares, durante a pandemia.
Não pode!
Mas é a rotina incrível de um time na fila. O São Paulo parecia, há quinze anos, um clube que jamais passaria por uma fase destas.
Blog com texto de PVC/Globo Esporte