O clássico deste domingo serve, entre outras coisas, para uma observação mais apurada da qualidade atual do plantel de cada rival. Quem contratou melhor? Na realidade atual não importa que Série o clube vai jogar. Aqui, diferente de outras regiões, o que importa é ter um time forte quando se trata de CRB e CSA.
Tem também o problema do ‘encaixe’. Essa palavra é mágica no futebol, e define tudo quando se trata de ter um time verdadeiramente ajustado. O exemplo mais recente é o próprio CSA. Na temporada passada deu tudo certo para o time azulino. Com raras exceções, todo jogador contratado chegou no Mutange e correspondeu.
Até mesmo quando dependeu de combinações de resultados na sua luta na Série B, os resultados ajudaram o CSA, independente da sua competência para ganhar com méritos uma vaga na Série A. Os desavisados precisam saber disso.
Outro exemplo especial da temporada passada foi o próprio CRB. Montou um grupo de jogadores de boa qualidade, experientes e rodados, e não conseguiu ‘encaixar’ seu time, ou seja, colocar em campo uma equipe capaz de jogar e, quase sempre vencer. Só deu liga nos últimos jogos da Série B, quando conseguiu manter sua vaga preciosa na competição.
Quem já se preocupou em ler trabalhos publicados por renomados técnicos do Brasil ou do Exterior, vai concordar com o texto que escrevo nesta sexta no meu blog, relacionado ao ‘encaixe’ de equipes. Nem sempre nomes consagrados resolvem. O Flamengo é o maior exemplo. Em tempos não tão distantes, juntou Romário, Edmundo e Sávio no seu ataque, todos em plena forma, e não aconteceu absolutamente nada.
Portanto, para os torcedores de Alagoas, ter um jogo CRB x CSA no início de temporada vale muito. O clássico, independente do seu resultado final, sempre deixa uma lição, ou na pior das hipóteses, um aviso em tempo de hábil para quem está começando certo ou errado o seu trabalho. Vamos ver o que CRB e CSA têm para nos oferecer no ‘Maior Espetáculo Esportivo Produzido em Alagoas’, jogo pra quem tem nervos de aço, pra explodir ponte de safena.
Texto: Arivaldo Maia
