Queda do Fla no Brasileiro tem risco calculado e incertezas sobre novos desfalques
   22 de agosto de 2018   │     0:03  │  0

Resultado de imagem para Kleber Leite, ex-presidente do Fla
Ex-presidente Kléber Leite cobra uma definição do Flamengo pelo Brasileiro (Foto: Diário Online)

 

Refém do calendário e da ambição pelo título em três competições, o Flamengo ensaia uma queda livre no Brasileiro, enquanto prioriza momentaneamente o mata-mata da Copa do Brasil e da Libertadores. A derrota por 3 a 0 para o Atlético-PR, fora de casa foi a segunda em que jogadores foram preservados para evitar lesão — a outra havia sido contra o Grêmio. O saldo, no entanto, são três derrotas na competição depois da Copa do Mundo, com aproveitamento despencando para 47% nos sete jogos após o Mundial. Resultado: o time caiu para a terceira posição, com 37 pontos, atrás de Inter (38) e São Paulo (41).

Em agosto, mês com decisões nos demais torneios, o desempenho coletivo do Flamengo é ruim mesmo com as vitórias. Só que em seis jogos nesse período, foram três derrotas. Duas pelo Brasileiro, com desfalques, e uma com força máxima, na Libertadores. Por outro lado, o time venceu duas vezes e empatou uma. A vitória veio sobre o Grêmio nas quartas de final da Copa do Brasil, após confronto empatado no Sul. E já foi com desempenho aquém. O outro triunfo foi sobre o Cruzeiro, no Maracanã, o único do mês pelo Brasileiro.

A avaliação de peças seguirá jogo a jogo. Desta vez, sem Diego Alves, com dores no joelho, e Diego e Réver, com risco de lesão muscular, o Flamengo voltou a estar irreconhecível em campo e foi superado em 21 minutos, com gols de Pablo, Raphael Veiga e Zé Ivaldo em Curitiba. Todos em falhas da defesa. No ataque, pouca posse de bola e chances escassas de gols, com Vitinho e Uribe mal.

— É um resultado muito ruim para as nossas pretensões devido ao início desastroso que tivemos — afirmou o técnico Barbieri, sem eleger culpados e já projetando o segundo turno.

O Flamengo estreia na segunda parte do torneio amanhã contra o Vitória, no Maracanã. Em seguida, viaja para encarar o América-MG no domingo, antes da segunda partida das oitavas de final da Libertadores diante do Cruzeiro. Não há garantia de força máxima nos próximos jogos em função do desgaste ao qual o elenco tem sido submetido entre as partidas e viagens, o que explica parte da queda de desempenho.

A tendência é o retorno do trio preservado e de Dourado, que estava suspenso. O Flamengo precisa se reinventar enquanto é tempo. Barbieri tem que gerir o elenco com mais atenção para fazer as melhores escolhas. Mas a verdade é que não há tantas opções de qualidade e falta tempo para treinar. Outra razão para a queda de desempenho.

A principal razão, no entanto, é o desgaste físico. Os exames que apontaram o risco de lesão do trio que desfalcou o Flamengo já haviam apontado a mesma tendência com outros atletas no jogo com o Grêmio. Vale ressaltar que o clube adota em seu Centro de Excelência em Performance um protocolo para evitar perder jogadores com problemas musculares. Não há decisão de poupar.

Diego Alves, por exemplo, vinha sentindo dor no joelho há algum tempo. Com edema mais grave detectado, foi preservado no limite. A perda de jogadores importantes, portanto, é um risco calculado pelo Flamengo, que acredita poder recuperar os pontos mais facilmente do que eventuais jogadores lesionados. Em breve, Juan, ainda em fase de fortalecimento após pancada, deve voltar. Berrío, já recuperado, é outro que pode reaparecer a qualquer momento para ser encaixado.

Nota do Blog:  Na verdade, no Flamengo existe mesmo é muito ‘dengo’ com seus jogadores. Pior ainda. Quando utiliza os reservas, bem diferente do Grêmio, é um desastre que nem precisa ser anunciado.

Jogar quarta e domingo ou com intervalo correspondente, não prejudica nenhum jogador. Está absolutamente certo o ex-presidente Kléber Leite quando diz: “Infelizmente, o Flamengo não sabe o que quer. Um absurdo poupar qualquer jogador em partida válida pela principal competição do país, cuja nossa última conquista foi em 2009”, declarou.

“Rodinei, posicionado de forma errada, tanto no primeiro, como no segundo gol. O jogador do Atlético cabeceou entre Willian Arão e Uribe… E o Uribe, hein? Manhã de domingo para esquecer. Será que serviram uma feijoada no café da manhã?”, afirmou.

Blog com EXTRA