Dois dos maiores clubes do Brasil e donos das duas maiores torcidas – Flamengo 1º e Corinthians 2º – não se calaram após a assinatura da Medida Provisória do governo federal que deve tirar quase meio bilhão de reais do esporte a partir de 2019.
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, Andrés Sanchez, deputado federal e presidente do Corinthians, falou em encerrar o investimento no esporte olímpico caso a MP não caia.
No Rio de Janeiro, Alexandre Póvoa, vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo, teve o mesmo tom, citando que o esporte olímpico do Flamengo estaria ameaçado caso a MP vire Lei.
O Corinthians mantém grande investimento na natação e em outros esportes e recentemente voltou com o basquete, que está na final da Liga Ouro. O Flamengo tem cerca de 700 atletas em oito modalidades olímpicas, além de três mil alunos de escolinhas.
De acordo com Póvoa, o orçamento olímpico do Rubro-Negro é de cerca de R$ 30 milhões, sendo que R$ 10 milhões são provenientes dos recursos do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e de Leis de Incentivo ao Esporte.
A Medida Provisória do governo federal mexe na divisão do dinheiro das loterias federais para a criação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). Com a medida, o CBC, que neste ano recebeu R$ 62 milhões, não teria mais nenhuma verba, assim como a Confederação Brasileira de Desportos Universitários (CBDU) e a Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE).
O Comitê Brasileiro de Clubes é o principal responsável por repassar recursos para os clubes manterem suas categorias de base, comprarem materiais, entre outros. No Flamengo, por exemplo, o CBC ajudou com R$ 3,1 milhões para a construção da piscina olímpica, inaugurada em 2016 dentro dos mais avançados métodos atuais.
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