Venda de Paulinho não vai resolver dívidas do Vasco
   28 de abril de 2018   │     0:04  │  0

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A diretoria do Vasco acertou a venda de Paulinho, (foto acima/Extra), para o Bayer Leverkusen por € 20 milhões (aproximadamente R$ 85 milhões). Entre o sonho de construir um legado com a venda milionária, a maior da história do clube, e a realidade de percentuais, dívidas e compromissos assumidos, o Vasco ficará com a segunda opção. É o segundo maior negócio da história do futebol carioca, atrás apenas de Vinícius Júnior.

Desses R$ 85 milhões, 70% cabem ao clube, cerca de R$ 59,5 milhões, sem levar em consideração os impostos. Os outros 30% dos direitos do atacante estão divididos igualmente entre o próprio jogador e Carlos Leite, seu representante.

A primeira dívida a a ser paga é exatamente a que o Vasco tem com Leite. Na reunião do Conselho Deliberativo, Campello explicou que pegou R$ 10 milhões emprestados com o empresário para o pagamento de dívidas imediatas, o que inclui salários de funcionários e custos de viagens do time para a Libertadores. No contrato do empréstimo, ficou acertado que a dívida deveria ser quitada assim que Paulinho fosse negociado.

Sobram então R$ 49,5 milhões, parte deles destinada a outra necessidade imediata: o pagamento de salários de funcionários e departamento de futebol. O mês de março foi já pago com o dinheiro da venda de Paulinho. A folha salarial do elenco profissional é de R$ 5 milhões.

Outra dívida relevante que o Vasco tem é referente a direitos de imagem dos jogadores. Somente com o goleiro Martín Silva, o passivo é de R$ 1,2 milhão. Wagner é outro que tem dívida milionária, com dez meses atrasados.

Andrés Ríos, cujo contrato acaba em junho, interessa ao clube, mas só deverá conversar a respeito de uma permanência se a diretoria pagar os atrasados fora da carteira. Funcionários de outros setores que recebem como pessoa jurídica também têm dinheiro a receber. O montante é de cerca de R$ 5 milhões.

Outra necessidade no horizonte do Vasco é a regularização do pagamento do passivo fiscal, necessário para a obtenção das certidões negativas de débito. Somente com elas o clube poderá acertar um novo contrato de patrocínio com a Caixa ou com qualquer outra empresa estatal. As CNDs também são exigência para o clube apresentar projetos que possam ser agraciados na Lei de Incentivo ao Esporte. A dívida com o Profut é de aproximadamente R$ 12 milhões.

Enfim, nada é fácil nesse momento para o Vasco da Gama.

Blog com Globoesporte