Os desembargadores da 16ª Câmara Cível do Rio acolheram recurso da Odebrecht, concessionária do Maracanã, para fazer valer o aditivo de contrato assinado com o Fluminense no fim de 2016. O aditivo representa um aumento dos custos que o clube tem de arcar para jogar no estádio em relação ao contrato original, assinado em 2013.
No início deste ano, o Fluminense chegou a obter a liminar para suspender o aditivo em questão, por entender que ele tinha validade apenas pontual para jogos do Brasileiro de 2016. A concessionária do Maracanã conseguiu, depois, derrubar a liminar, obrigando o clube a pagar custos operacionais e mais uma compensação de R$ 100 mil para jogar no Maracanã, itens que não constavam no contrato original. O julgamento manteve o formato que agrada à concessionária e era contestado pelo clube.
Os advogados da Odebrecht alegaram que mudanças no modelo de concessão após a assinatura do contrato tornaram o estádio economicamente insustentável nos termos acertados em 2013 com o Fluminense, e que por isso o acordo precisava de alterações para não se tornar prejudicial à concessionária.
— Todos os outros clubes arcam com os custos, e só o Fluminense queria jogar de graça no Maracanã, o que não é compatível com a situação atual — disse o advogado Fernando Novis.
O Fluminense, que enviou representantes à audiência, ainda estuda os próximos passos na batalha jurídica para reverter essa decisão.
Blog com EXTRA