Coisa de Loco? Botafogo é cobrado em R$ 6 milhões por direitos de imagem de Abreu
   8 de outubro de 2017   │     0:01  │  0

Loco Abreu fez 63 gols em 106 jogos e ganhou status de ídolo (Foto: Divulgação / Botafogo)

Loco Abreu fez 63 gols em 106 jogos e ganhou status de ídolo (Foto: Divulgação / Botafogo)

Considerado ídolo por muitos alvinegros, Loco Abreu deixou o Botafogo há quase cinco anos, mas mantém um elo com o clube: em uma ponta, o desejo expresso em cada entrevista de um dia voltar a General Severiano; na outra extremidade, a dor de cabeça de uma disputa judicial na casa dos R$ 6 milhões que se arrasta desde 2013. E ganhou novo capítulo mês passado.

  • Loco Abreu foi contratado em janeiro de 2010 pelo Botafogo;
  • Em setembro de 2011, o Alvinegro assinou contrato de direitos de imagem do atacante com o Centro Atlético Fénix, um pequeno clube do Uruguai, com validade até agosto de 2014;
  • Em janeiro de 2013, Loco havia acabado seu vínculo com o Botafogo, e o então contrato de direitos de imagem foi rescindido em comum acordo;
  • A rescisão previa pagamento de R$ 2.280.000,00, que foi dividido em 12 parcelas de R$ 190 mil, mas o Botafogo nunca pagou sequer uma prestação;
  • Com 20% de multa, juros e correção monetária, o valor atual está em R$ 5.928.090,03.
  • Representando o Centro Atlético Fénix, de acordo com os documentos do processo os quais o GloboEsporte.com teve acesso, os advogados Joana Oliveira e Marllus Freire entraram na Fifa em 2015 – no contrato rescindido, as partes previam apenas a entidade para fins judiciais. Porém, no ano seguinte, o juiz inglês Geoff Thompson concluiu não ter competência para decisão pelo fato de não se tratar de transferência de jogador, estando fora do âmbito de regulamentos da Fifa.

    No último mês de setembro, o caso voltou à tona, só que desta vez na Justiça comum brasileira. Os advogados entraram com uma ação de execução na vara cível do foro central do Rio de Janeiro, solicitando a expropriação de bens ligados ao Botafogo e indicando estabelecimentos de aluguel ao clube, como a “Churrascaria Fogo de Chão”, o “Shopping Casa & Gourmet” e o “Posto Shell”.

    – O Mauricio (Assumpção, ex-presidente) não pagou os direitos de imagem do Loco Abreu. Foi feito um contrato com essa empresa, e o Mauricio não pagou. Só que foi estabelecido no contrato que o foro para as partes seriam os tribunais da Fifa, e ela julgou contra dizendo que direito de imagem fugia de sua competência. E eles não pagaram as custas para recorrer ao CAS (Corte Arbitral do Esporte). Agora vieram cobrando esse valor do Botafogo, mas essa ação exauriu na Fifa – argumentou o vice-presidente jurídico alvinegro, Domingos Fleury.

    Blog com Globoesporte