Há 10 anos, um ídolo não veste a camisa 7, a mais importante do Botafogo
   4 de julho de 2017   │     0:02  │  0

Apresentacao de Montillo do Botafogo em General Severiano

Apresentação de Montillo do Botafogo em General Severiano (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

Garrincha, Jairzinho, Maurício, Túlio Maravilha. A camisa 7 do Botafogo é uma das instituições mais históricas do futebol mundial. No entanto, o patrimônio não vem sendo fruto de muita alegria para os botafoguenses nos últimos anos. Mesmo com todos os listados acima, o último jogador a vestir a camisa 7 que teve um status próximo do de ídolo foi Dodô, em 2007. Já faz dez anos.

— Depois que eu saí, acho que o melhor foi ele (Dodô). Pela habilidade, pelos gols bonitos… O Loco Abreu até poderia, mas ele usou a 13 do Zagallo. Dodô foi quem mais se aproximou da minha história — disse Túlio Maravilha, que passou a vestir a 7 numa ação de marketing em 1995 e foi o protagonista da conquista do título Brasileiro pelo Alvinegro naquele ano.

Montillo foi o último que não correspondeu. Na sua bela e emocionante despedida, ele próprio admitiu que as lesões frequentes o impediram de atingir um bom nível técnico em campo.

— A partir do momento que o jogador vai convivendo no clube, com torcedores, e com a história que essa camisa representa, isso passa a ser uma responsabilidade muito grande. Aí se o jogador não tiver personalidade, não rende — afirmou Túlio.

Quem fez história com o lendário número das costas, como Túlio, reconhece que o tecido dessa camisa parece mais pesado que o das demais.

— Há um respeito, um carinho, um sentimento em prol dessa camisa que é respeitada mundialmente. Talvez isso pese para alguns e para outros não — disse Maurício, herói do título de 1989 com a camisa 7.

Túlio concordou.

— Ela tem peso especial, na mesma proporção da 10 do Santos, a 10 do Barcelona, e a 7 do Real Madrid (depois de Raúl e Cristiano Ronaldo).

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