Empate em Maceió gerou muitas críticas para o Bahia: ‘Pesadelo de Maceió’
   26 de setembro de 2016   │     0:03  │  0

Quando Hernane, na última quarta-feira, afirmou que “um empate contra o CRB seria um bom resultado”, mal imaginava ele o que o aguardava. Se, antes da partida, ele já havia sofrido críticas de torcedores e imprensa, agora, após o 2 a 2 em Alagoas, pela 27ª rodada da Série B, ficou ainda mais difícil se explicar perante os tricolores.

E o pior: o discurso excessivamente e estranhamente  modesto ainda era sustentado pelos textos institucionais do clube, que tratavam o jogo como a “Batalha de Maceió”.

Ao retrospecto que antecedeu o confronto de sábado passado, some-se agora a forma ridícula como o Bahia entregou o empate. Até 35 minutos do segundo tempo, o time, que atuava com um jogador a mais desde os 42 minutos da etapa inicial, vencia  por 2 a 0 sem sofrer ameaças de um adversário esforçado, mas que tinha dificuldade em acertar mais de três passes consecutivos.

Porém, eis que Tinga cometeu pênalti infantil ao atropelar Zé Carlos, que estava só um passo para dentro da área e, de costas para o gol, não tinha condição de finalizar o lance.

O atrapalhado lateral direito tricolor iniciou ali a glória do veterano e quase folclórico centroavante alagoano, que saiu do gramado como o herói do dia. O próprio Zé Carlos bateu o pênalti e diminuiu o placar. Ele ainda contou com a sorte, pois a cobrança, que carimbou o travessão, precisou bater nas costas do goleiro Muriel para encontrar as redes.

Já aos 40 minutos, Zé Carlos  teve categoria e oportunismo diante do inerte sistema defensivo tricolor. Magrão cruzou da esquerda e ninguém do Bahia tentou corta a bola. O centroavante, na entrada da pequena área, dominou e soltou um foguete para o gol.

Até o elogiado Guto Ferreira vacilou na partida. No momento do pênalti, o treinador, que iria substituir o meia ofensivo Renato Cajá por Régis, da mesma posição, voltou atrás. Quem acabou entrando no lugar de Cajá foi o volante Feijão. Resultado: o Bahia não só sofreu o gol como se encolheu em campo.

Foi um desfecho de partida digno de pesadelo, mas que castigou com justiça a preguiça do Bahia ao longo da partida. O Tricolor havia aberto o placar aos dois minutos, quando Allano recebeu passe de Cajá e mandou cabeçada certeira.

O gol logo no começo permitiu ao Bahia conduzir a partida com tranquilidade. Porém, o time não criou nenhuma chance real de gol, nem quando Boaventura foi expulso ainda no primeiro tempo por agredir Hernane.

No segundo tempo, o jogo seguia em ‘banho-maria’ quando, aos 21 minutos, Juninho, cobrando falta, marcou o segundo. Seria o triunfo tricolor? Não! Era apenas o início do ‘Pesadelo de Maceió’.

Blog com A TARDE/Salvador